Vampiro do Linhó: “Quero provar o teu sangue"

Sintra: Bruno Gaspar estrangulou duas vítimas na enfermaria da prisão



‘Vampiro do Linhó’ matou e bebeu sangue de reclusos na prisão. Está a ser julgado
Adepto de rituais satânicos, Bruno Gaspar matou dois companheiros de cela na enfermaria da cadeia do Linhó, em 2006. Hugo Costa, a 15 de Junho desse ano, foi a primeira vítima – arrastado para a casa de banho e estrangulado. Dezoito dias depois foi a vez de Carlos Silva, assassinado da mesma forma. Bruno Gaspar bebeu o sangue de uma das vítimas a seguir ao crime e por isso ficou conhecido por ‘Vampiro do Linhó’. Ontem começou a ser julgado em Cascais, mas não quis falar ao colectivo de juízes.
Os crimes deram-se após discussões e com a ajuda de dois cúmplices – cada qual para um dos crimes . Hugo Costa morreu quando tinha 24 anos. Resistiu aos golpes com uma lâmina de barbear na zona do pescoço, mas o ‘Vampiro’ respondeu: "Tu foste o escolhido, pelo que isto tinha de acontecer. Vais morrer vais, mas da maneira que eu quiser". À medida que o sangue da vítima escorria das feridas, Bruno Gaspar limpava com uma toalha e encostava à boca. "Estou a provar o teu sangue..."
Com Carlos Silva, 41 anos, foi diferente. O ‘Vampiro’ não lhe bebeu o sangue porque sabia que a vítima tinha Sida. Mas também o degolou com uma lâmina de barbear. Depois fez-lhe vários cortes nos pulsos, simulando um suicídio. A autópsia aos corpos eliminou todas as dúvidas. 
CÚMPLICE QUASE A SER SOLTO
O início do julgamento das duas mortes na cadeia do Linhó, em Sintra, já devia ter começado em Julho do ano passado, mas a falta de perícias psiquiátricas a Libério e Paulo, os dois cúmplices de Bruno Gaspar, igualmente acusados de homicídio qualificado, tem adiado constantemente as audiências. O juiz-presidente fez questão de sublinhar que se não houver decisão até Julho, esgota o prazo da prisão preventiva para Libério. Ontem, um guarda prisional recordou a morte da primeira vítima, Hugo Costa. "Naquele dia um recluso veio chamar-me de madrugada e só me dizia: ‘o homem está morto’. Quando fui à casa de banho, realmente, o recluso estava deitado de barriga para baixo, completamente nu e com a cabeça numa poça de sangue", recordou o guarda.Bruno Gaspar cumpria uma pena por homicídio qualificado, à semelhança de Libério.

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