livro de membro da seita de canibalismo de Garanhuns 1ª Parte


Relato de homicídios foi descrito por Jorge Beltrão, preso com mulher e amante

O livro tem até registro em cartório
Tanto as autoridades de Garanhuns-PE quanto os moradores da pacata cidade de clima reconfortante ainda estão tentando digerir, ou melhor, entender toda essa confusão causada pelo caso dos canibais.
São eles os responsáveis por todo esse alvoroço: o ex-professor de caratê Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 50 anos, sua esposa Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, e sua amante Bruna Cristina Oliveira Silva, 23 – esta última havia assumido a identidade de uma das vítimas de esquartejamento, identificada apenas como Jéssica Camila, morta em Caruaru, em 2008.
Segundo o delegado Wesley Fernandes, um dos responsáveis pela abertura do inquérito – na verdade, existe uma equipe trabalhando nas investigações desse incidente brutal descoberto somente na semana passada –, o trio participava de uma seita chamada ‘Cartel’, em contraponto a uma outra de nome ‘Ême’.
A Cartel seria baseada na purificação da alma e, como em várias tribos canibais, nada mais purificador e fortificante que a carne do inimigo.
O ato de comê-la deixaria o comensal ainda mais cândido, ligando-o cada vez mais ao ‘Ser Supremo’.
Doido?
Quando mais novo, os amigos do faixa preta de caratê Jorge Beltrão o chamavam de louco e esquizofrênico.
Ele sempre disse que, a seu lado, estavam presentes a toda hora um querubim e um arcanjo, um negro e um branco, dando-lhe conselhos.
“Mas os dois seguem muito os preceitos do olho por olho, dente por dente. E não gosto disso. Mesmo assim, não queria desobedecê-los”, contou ele em depoimento à polícia.
Desta feita, obedecendo aos seus, Jorge começou a fazer o que estavam lhe pedindo: missões.
Estas tais missões eram os assassinatos. “Mas ele não se refere assim aos homicídios. O acusado contou que uma entidade toda vez dizia que tal pessoa era má e, por conta disso, ela deveria morrer. Por ano, eram necessárias três missões; portanto, três assassinatos”, disse o delegado.
Mas por que as vítimas só eram mulheres?! De acordo com Jorge Beltrão, elas teriam o ‘útero maldito’.
“O objetivo da seita é não deixar que o mundo fique populoso e nossas missões são para salvar as almas más”, comentou ele, em depoimento.
O que deixou a todos boquiabertos foi o fato de o trio – que deverá responder por pelo menos nove homicídios – alimentava uma criança de 5 anos, que vivia com eles, com carne humana.
Essa menina é, inclusive, filha de uma das vítimas dos canibais; a Jéssica Camila, de Caruaru.
Eles relataram às autoridades que utilizavam partes como as nádegas, coxas, panturrilhas e fígado para os rituais de purificação.
“Não colocávamos nada, somente água na carne para purificá-la”, detalhou Jorge Beltrão, já preso.
No dia da prisão deles – o bando só foi encontrado porque fazia compras com o cartão de crédito de uma das vítimas desaparecidas –, a polícia encontrou vários quilos de carne humana na geladeira dos acusados.
Conforme a dona-de-casa e vendedora de salgadinhos Isabel Silveira, mulher de Jorge Beltrão, o ‘suplemento alimentar canibalesco’ de cada vítima esquartejada e, por vezes, enterrada no quintal da casa do trio durava “apenas” de três a cinco dias, no máximo.
Ela confirmou aos agentes civis que certo dia – ela trabalhava vendendo coxinhas e empadas no Centro de Garanhuns e, inclusive, na frente de hospitais – faltou carne de frango e utilizou carne humana, alegando ser atum para os clientes.

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