Líder muçulmano defende que cristãs devem se cobrir para não serem estupradas


Líder muçulmano defende que cristãs devem se cobrir para não serem estupradasUm líder muçulmano salafista radical, defensor da “polícia de costumes”, recentemente chocou os egípcios. Ele apareceu na TV Nahar durante o horário nobre, exigindo que as mulheres cristãs usem o véu para evitar serem estupradas.
Hisham El-Ashry é fundador da Autoridade Promoção da Virtude e Prevenção do Vício. Ele também sugeriu durante o programa de televisão que o Egito implemente uma força policial que  percorra as ruas para garantir que a população está seguindo a lei islâmica. Grupos desse tipo já existem em outros países do Oriente Médio.
“Eu estava me perguntando: Se eu chegasse ao poder, deixaria as mulheres cristãs permanecerem com a cabeça descoberta? Então pensei ‘Se elas querem ser estuprada nas ruas, então podem,” enfatizou el-Ashry, que é declaradamente um extremista.
“Para o Egito se tornar plenamente islâmico, o álcool deve ser proibido e todas as mulheres devem ser cobertas”, finalizou.
Recentemente, outro líder muçulmano do Oriente Médio defendeu que todas as mulheres cristãs deveriam ser estupradas.
O Grande Mufti do Egito, Ali Gomaa, consultor oficial da lei islâmica, condenou os comentários de El-Ashry. “Este tipo de pensamento idiota é que procura desestabilizar ainda mais o que já é uma situação tensa”, declarou.
As tensões entre cristãos coptas e muçulmanos estão em alta no Egito, pois a Constituição recém-aprovada e redigida por uma maioria muçulmana, poderá limitar as liberdades civis das minorias religiosas.
O líder supremo copta do país, Tawadros II, declarou recentemente aos cristãos “Não tenham medo! Mesmo que os seres humanos sintam muito medo, lembre-se que Deus cuidará de você. Esta é uma mensagem coletiva porque o medo é contagioso [...] Esta é uma mensagem de tranquilidade”, acrescentou.
Desde que a Irmandade Muçulmana, grupo do presidente Mohamed Morsi, assumiu o poder, as perseguições contra os cristãos cresceram no país, mas o governo se comprometeu a não impor códigos islâmicos de comportamento sobre os cristãos. Com informações de Christian Post e The Daily Star

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