LILITH - A Lua Negra


LILITH - A Lua Negra

Celebração de Lilith, a deusa suméria da sexualidade.

"Mencionada nos antigos mitos hebreus como a primeira mulher de Adão, Lilith foi criada ao mesmo tempo que ele, tendo desfrutado dos mesmos direitos. Adão, no entanto, queria que ela fosse mais submissa, ficando sempre por baixo dele durante o ato sexual. Lilith rebelou-se e fugiu, escondendo-se Às margens do Mar Vermelho."

"Em lugar de Lilith, Deus criou então Eva da costela de Adão. Eva, por não lhe ser igual, precisava acatar sua supremacia, obedecendo as suas regras patriarcais. As escrituras judaicas transformaram então Lilith numa figura demoníaca, Lilithu, a Mãe dos Demônios, que deu origem, na Idade Média, aos íncubos e súcubos, vampiros sexuais masculinos e femininos. Originariamente, Lilith era a padroeira das gestantes, das mães e dos recém-nascidos, mas as deturpações judaicas denegriram-na, tornando-a a Rainha das Bruxas, o demônio que roubava o leite das mães, as almas das crianças e a virilidade dos homens. Recomendava-se usar amuletos cabalísticos contra os poderes nefastos de Lilith e praticar a abstinência sexual. Lilith, atualmente, é o nome usado na astrologia para designar tanto a Lua Negra quanto um asteróide que influencia a sexualidade humana." [Mirella Faur – O Anuário da Grande Mãe – Guia prático para celebrar a Deusa]
Isso, pra mim, derruba geral a abordagem ou acrescenta um dado picante e muito mais interessante à historinha do Adão e Eva.

Pelo que li, Adão e Lilith foram criados juntos e os dois tinham a sua sexualidade equilibrada, sendo andrógenos eles poderiam gerar filhos, daí a Eva ter nascido do Adão.

[não me perguntem como foi o parto e nem como é o órgão sexual dos andrógenos, ok?
Lilith, revoltada com a atitude insana do Adão, abandonou-o e foi se refugiar no lado obscuro da lua, lá gerou inúmeros filhos, que dizem “as más línguas”, filhos cheios de repressões e libidinagens que povoaram o nosso planeta.

A submissa Eva, que não se satisfazia sexualmente com Adão, foi em busca do conhecimento, a maça, para compensar o seu desequilíbrio. Tal qual podemos observar em muitas mulheres que ainda agem assim na atualidade.

O que aprendemos é que a Eva levou o Adão para o pecado. Conhecimento = ao pecado!!!! E assim caímos como patos e acreditamos na submissão da mulher, na manipulação de Eva, no duplamente banana do Adão, que foram expulsos do paraíso e ainda temos que engolir o pecado original.

Afffeeee Maria, mãe de deus, o q fizeram de ti?
Com certeza, muitas deusas foram taxadas de demônios ou simplesmente atribuíram os seus feitos e poderes a homens, com no caso da Hebe.


“Celebração de Hebe, a jovem deusa da primavera que servia ambrosia e néctar às divindades do Olimpo, garantindo, assim, sua eterna juventude. Hebe representava o aspecto jovem, de donzela, da deusa Hera. Com o advento dos mitos patriarcais, Hebe foi diminuída a uma simples mortal, sendo substituída no Olimpo pelo jovem Ganymede, o favorito de Zeus.” [celebrada no dia 29 de janeiro, segundo O Anuário da Grande Mãe – Mirella Faur]

Meninas, não é muito bom saber que a Eva não foi a primeira?
Eu me senti mais mulher depois que conheci a Lilith.

A versão foi apresentada pelo patriarcado, como sempre, denigre a mulher, imaginem se os machos da época não transformariam uma mulher livre em um demônio. Até hoje fazem isso!


Pelo que entendi, pelo lado feminino, a Lilith não foi contra os desígnios de Deus, ela só queria variar as posições na relação sexual e o Adão não. Os dois tinham sua sexualidade equilibrada, o seu lado masculino e feminino, por isso a idéia da androgenia. Essa conversa dela ir se juntar aos demônios não casa muito bem, afinal eles não foram os primeiros? Só a idéia da androgenia é que explica como apareceram outros seres, filhos de Adão e Lilith (cada um pariu os seus), Lilith ficou irada e deu a luz aos demônios porque Adão não suportou o tesão e embarcou nos íncubos/súcubos, sentiu que a Lilith por cima se transformava num diabo roubando sua vitalidade. Lilith não se subjugou e não aceitou essa imposição idiota. Rejeitada e mal amada qq mulher pode virar um demônio!
Do livro “Tarô ou a máquina de imaginar”
de Albert Cousté, temos o Arcano III – a Imperatriz: feminilidade – sabedoria.


"Relacionada em todas as cosmogonias com o simbolismo lunar e com a fase oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há talvez correspondências nas organizações culturais perdidas e mais remotas da humanidade. Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; e que aniquila Lilith – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens. Comentaristas não canônicos do Islã querem ver nessa Eva triunfante do adultério a representação da passagem anárquica das sociedades ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localizava em Djeda ou Djidda, nas margens do Mar Vermelho, próximo da sagrada montanha sagrada de Arafat, onde o reencontro teria ocorrido.
Cabe acrescentar, finalmente, que para Maestri a Imperatriz é o símbolo da palavra e representa o envolvimento material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, no meio de interminável primavera."
Lilith

PODER

Eu danço a minha vida para mim mesma
sou inteira
sou completa
digo o que penso
e penso o que digo
Eu danço a escuridão e a luz
o consciente e o inconsciente
o sadio e o insano
e falo por mim mesma
autenticamente
com total convicção
sem me importar com as aparências
Todas as partes de mim
fluem para o todo
todos os aspectos divergentes tornam-se um
Eu ouço
O que é preciso ouvir
Nunca peço desculpas
Sinto os meus sentimentos
Eu nunca me escondo
Vivo a minha sexualidade
Para agradar a mim mesma
E agradar aos outros
Expresso-a como deve ser expressa
Do âmago do meu ser
Da totalidade da minha dança
Eu sou fêmea
Sou sexual
Sou o poder
E era muito temida

suposto amuleto contra Lilith
[ORÁCULO DA DEUSA – Amy Sophia Marashinsky, ilustrado por Hrana Janto]
MITOLOGIA

Lilith foi originalmente a Rainha do Céu sumeriana, uma deusa mais antiga que Inanna. Os hebreus incorporaram essa Deusa e a transformaram na primeira esposa de Adão, que se recusou a deitar-se debaixo dele durante o ato sexual. Ela insistia que, por terem sido criados iguais, eles deveriam fazer sexo de igual para igual. Como Adão não concordou, ela o deixou. Depois disso, na mitologia judaica, ela era descrita como um demônio.


SIGNIFICADO DA CARTA

Lilith aparece para dizer que você precisa reassumir o seu poder. Em que pontos você o perdeu ou desperdiçou? Que crenças você mantém que o negam? Acaso lhe disseram que uma mulher poderosa nunca encontra companheiros? Ou que as mulheres não podem ter poder porque isso lhes anularia a feminilidade? Você foi escarnecida, afastada ou banida pelos outros quando esbarraram no seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar esse poder.

[ORÁCULO DA DEUSA – Amy Sophia Marashinsky, ilustrado por Hrana Janto]

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