ONGs americanas denunciam igrejas que fizeram propaganda política

O objectivo da denúncia é fazer com que as igrejas deixem de ser isentas de impostos

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Algumas organizações não governamentais dos Estados Unidos estão denunciando igrejas evangélicas e católicas que usaram cultos e missas para fazer política partidária durante as eleições.
Cerca de cem igrejas foram denunciadas por ONGs que querem fazer com que as igrejas paguem impostos. O código tributário americano de 1954 diz que as entidades isentas de impostos estão proibidas de fazerem campanhas políticas ou endossar candidatos a cargos públicos.
A denúncia é para que tais igrejas sejam punidas, já que não estão respeitando a lei. Para se defenderem, os religiosos dizem que apenas estão se valendo da liberdade de expressão que é garantida a todos os cidadãos.
Nos Estados Unidos há igrejas que se registram como entidades religiosas, dessa maneira elas conseguem expressar suas visões políticas sem serem punidas. Desde a década de 1950, apenas uma igreja por década perdeu a isenção de impostos ou foi multada por ligações políticas.
O diretor da Americans Unidet for Separation of Church and State  [americanos unidos pela separação de igreja e Estado], Rob Boston, conversou com o jornal Folha de São Paulo para explicar quais os objetivos da ONG neste assunto.
“Além de acabar com a isenção fiscal de igrejas que façam proselitismo político, queremos mais leis que obriguem entidades com esse privilégio a revelar seus investimentos e suas doações”, disse ele.
O grupo ateísta Fundação para a Liberdade de Religião também luta para que as igrejas deixem de receber a isenção fiscal e sejam obrigadas a declarar seus ganhos através de relatórios anuais, os mesmos que as organizações não governamentais precisam entregar.
A porta-voz da fundação, Anne Laurie Gaylor, diz que as igrejas são privilegiadas pelo governo. “Não pagar impostos é um privilégio. Por que as igrejas não precisam prestar contas?”, questiona.

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