Sabe a Origem dos nomes?




















Duendes - Há milhares de pessoas nesse deserto intelectual aí fora que crêem em coisas desse estilo, para alegria dos fabricantes de estatuetinhas e figurinhas e cartazinhos do gênero.
Parce mentira, mas em pleno século 21 estamos às voltas com noções que predominavam na Idade Média, recebidas dos tempos das cavernas, quando o Homem tinha um entendimento confuso dos fatos do mundo natural e os explicava como podia.
Os duendes, por exemplo, têm o seu nome atestado desde o século 11; a palavra é de origem espanhola, da expressão duendecasa, que veio de dueño de casa, “dono de casa”, e se referia a um espírito doméstico folgazão, que vivia fazendo travessuras e aprontações de todo tipo para os habitantes da casa: vasilhas entornadas, porta do galinheiro aberta, chão escorregadio, etc.


Gnomos - Esses eram espíritos miúdos que viviam dentro da terra. Andam nas histórias desde o século 16, quando Paracelso descreveu os pygmaei ou gnomi, minúsculos seres subterrâneos elementares. A palavra tem duas origens possíveis: ou vem do Grego gnomos, “habitante da terra”, de , “terra”, mais um sufixo de “habitante”, ou vem mesmo de gnomon, relativo a gignoskai, “vir a saber”.
Foi na Alemanha que primeiro foram feitos gnomos de pedra para enfeitar os jardins. Actualmente, na França, há grupos que se dedicam à libertação desses anãozinhos de jardim. Costumam entrar nos jardins alheios, roubar as estátuas e levá-las para floresta, onde as deixam em liberdade.

 Bruxas - Ah, é. Agora algumas pessoas se intitulam assim, com o maior orgulho. Fizessem isso na época da Inquisição e o resultado seria outro.
Essa palavra não tem origem bem definida. Sugere-se que venha do Latim antigo broscia, talvez relacionado com o Frâncico brosser, “correr pelo mato ralo”.

-E feiticeira é a mesma coisa que bruxa?


- Ao que tudo indica, sim. A palavra foi feita a partir do Latim facticius, “não pertencente ao mundo natural, artificial, imitação”, do verbo facere, “fazer”.
É interessante saber que a palavra feitiço foi levada para a África pelos portugueses e de lá voltou para a Europa com os franceses, como fétiche, nosso atual “fetiche”. 

Elfo- estes eram seres sobrenaturais com especiais poderes pertencentes ao folclore germânico. O nome deles deve vir do Indo-Europeu albho-, “branco”.Integram as histórias populares da Inglaterra e, por consequência, dos Estados Unidos.


 Fadas -  Pelo menos o nome delas vem do Latim, de fata, “fados,destinos”. Andam citadas nas histórias desde o século 12. Em 1599 foi que se citou pela primeira vez o “anel de fadas”, que as pessoas encontravam seguido no chão lá pela Inglaterra e que chamavam de fairy ring. 
A história até é bem bonita e a explicação, interessante. O tal “anel” é um espaço redondo no chão das florestas,  rodeado por cogumelos, no qual não cresce nada. Dizia-se que, se uma pessoa se escondesse perto de um deles, à noite veria as fadas se reunirem para dançar ai dentro. Essa era a razão de não crescerem plantas ali: os pezinhos das fadas pisavam tudo. 
 Chupacabras -   Existe. Está registada em livros e tudo. Mas foi vítima da fantasia humana e virou, dentro da imaginação, algo completamente diferente.
Na América Central e sul da América do Norte existe um pássaro insetívoro de uns 25 centímetros de comprimento. Ele é um caçador crepuscular e gosta de entrar nos estábulos e cercados onde se encontra o gado para catar os insetos que costumam se encontrar em abundância no pelame dos bichos.
Essa mania de andar bicando os outros – aliás, prestando um valioso serviço – fez com que surgisse a lenda de que o pássaro estava mamando nas cabras. Os nativos lhe puseram o nome chotacabras, de suctare, “sugar” em Latim.
Em Português o nome pasou para chupacabras e se fez a imagem de um monstro que sugava não o leite mas o sangue dos pobres caprinos. E aí se passou a enxergar e descrever os monstros mais horrorosos. E agora temos um ser fantástico completamente novo nas matas.

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