Cocos suspeitos de “magia negra” podem ter influenciado eleição

Cocos suspeitos de “magia negra” podem ter influenciado eleiçãoLocalizado ao sul da Índia, o arquipélago das Maldivas é constituído por mais de 1000 ilhas, das quais apenas 200 são habitadas. Oficialmente tem 100% de sua população formada por muçulmanos e é o sexto pais que mais persegue cristãos no mundo, segundo a Portas Abertas.
Durante as eleições realizadas no país esta semana, uma ocorrência inusitada chamou atenção da imprensa mundial. A polícia local apreendeu um coco encontrado perto de uma seção eleitoral na ilha de Guraidhoo.
A fruta assustou os moradores, pois seria parte de um ritual de magia negra. Segundo os habitantes da ilha, pode ter influenciado o resultado na eleição do novo presidente, ocorridas neste sábado (7). 
“O fruto com cerca de dez centímetros de diâmetro tinha inscrições em árabe e foi colocado no chão perto da escola, para todos verem”, relatou uma testemunha. Quando os alunos viram o coco, chamaram o diretor que, em seguida, contatou a polícia.
Segundo o jornal inglês “Metro”, as autoridades levaram um praticante de “magia branca” até a escola, que serve como local de votação, para desfazer o feitiço e afugentar o mal supostamente trazido pelo coco. Porém, o especialista acredita que o fruto não estava amaldiçoado.  Mesmo assim, “policiais e funcionários estão mais atentos e fazem patrulhas noturnas, para evitar que pessoas pratiquem magia negra na escola”, relata o Metro.
Outros cinco cocos com inscrições parecidas foram encontrados e entregues às autoridades na região de Fuvahmulah. Todos eles faziam referência ao candidato Abdulla Yameen. Mesmo não sendo favorito, ele foi o segundo mais votado e irá para o segundo turno dia 28 de setembro.
Embora curiosa, essa é uma prática muito comum nas Maldivas, segundo o jornal local, Minivan News.  Uma lei de 1979 exige que as pessoas que praticam feitiçaria se inscrevam para receber autorização do Ministério da Saúde.
Ajnaadh Ali, presidente da Associação de Curadores Espirituais das Maldivas, explica: “Durante as eleições, magia negra é usada para ganhar votos e deixar as pessoas doentes”. O feitiço usado para influenciar a votação “é um feitiço de separação. É a mesma ideia de um feitiço de amor. Ele pode unir as pessoas ou separá-las. Vai atacá-las mentalmente, exigindo que elas pensem de certa forma, mesmo que, normalmente, não fariam isso. A magia negra os deixará como cegos”.
Nas Maldivas a feitiçaria não é proibida, o termo local “fanditha” pode significar magia negra ou branca, dependendo da forma como for usada é que pode-se determinar se ela é boa ou ruim. O Alcorão fala sobre a influência que os jins (demônios) podem ter sobre as pessoas, esclareceu Ali. “A melhor proteção contra a magia negra está na leitura de partes do Alcorão, a ‘ruqyah’ é uma forma de magia branca, que funciona como um exorcismo islâmico, onde além dos versos lidos, orações são recitadas”, enfatiza. Com informações de Minivan News e Metro

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