Arcebispo diz não se importar se futuro rei da Inglaterra for budista

Arcebispo diz não se importar se futuro rei da Inglaterra for budistaDurante o juramento de coroação, todo monarca inglês precisa prometer que cuidará da Igreja no país. Tem sido assim desde 1534, quando o então rei Henrique oitavo rompeu com o papa e tornou o Reino Unido protestante. Deste então, todo rei ou rainha recebe o título de “Defensor da Fé e Governador Supremo da Igreja da Inglaterra”.
O líder maior da igreja nacional, também chamada de Anglicana ou Episcopal, é o Arcebispo da Cantuária. O posto atualmente é de Justin Welby, por isso foi ele quem realizou o batismo do bebê George, o possível futuro rei da Inglaterra. Depois da morte da Rainha Elizabeth, ele é o terceiro na linha de sucessão.
No dia seguinte ao que foi chamado pela imprensa de “o batizado do ano”, Welby surpreendeu ao afirmar que não teria objeção a ele se convertesse ao budismo, por exemplo.
Obviamente, a observação irritou os conservadores, mas parece refletir o discurso do príncipe Charles, avô do menino, que afirma querer ser o “Defensor de muitas Fés”, pois isso refletiria a sociedade multicultural da Grã-Bretanha moderna.
Durante a cerimônia de batismo, o arcebispo exortou os pais e os padrinhos de George para que ajudassem o futuro monarca a “ter certeza que ele saberá quem é Jesus” e que deviam “lembrar dele constantemente em suas orações”. Contudo, sua declaração sobre ele adotar uma opção religiosa diferente, feita menos de 24 horas depois do batismo na Capela Real no Palácio de St James, recebeu mais atenção da mídia.
O Príncipe Charles já declarou que tem um fascínio particular com o Islã, religião que mais cresce na Inglaterra atualmente. O príncipe William e sua esposa Kate, pais de George, não frequentam a igreja mais que “um punhado de vezes ao ano”. Segundo a imprensa inglesa, eles são vistos apenas em ocasiões festivas, como o Natal e Páscoa, ou em compromissos sociais, como casamentos e batizados.
A postura deles parece seguir a tendência atual. No Reino Unido, apenas 8% das pessoas entre 30 e 50 anos frequentam a Igreja da Inglaterra assiduamente. Um triste quadro para um país que foi berço do movimento missionário moderno e produziu pregadores de renome como Charles Spurgeon. Com informações Daily Mail

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