Evangélicos preparam manifestação em repúdio à violência policial contra os professores em greve no Rio

Evangélicos preparam manifestação em repúdio à violência policial contra os professores em greve no RioOs professores de escolas públicas do Rio de Janeiro estão em greve há mais de 50 dias e o movimento por melhores salários e condições de trabalho tem atraído a atenção da mídia por causa da reação da polícia aos protestos em frente à Câmara de Vereadores da cidade.
A “truculência” dos policiais será alvo de um protesto da Rede Fale, que está organizando uma manifestação para o próximo dia 08 de outubro.
“A categoria  dos professores  no Rio de Janeiro, que está em greve a mais de 50 dias,  tem sido alvo da  truculência policial em suas manifestações. Há vários relatos e imagens que comprovam o abuso de poder e uma repressão desmedida. Os policiais usaram bombas de efeito moral, cassetetes e de gás lacrimogêneo numa repressão e que tem gerado repulsa em amplos setores da sociedade carioca e brasileira”, diz trecho da nota publicada pela entidade.
A manifestação está sendo organizada pela Rede Fale RJ junto com a Rede Evangélica Nacional de Ação Social do Rio de Janeiro (RENAS RJ) e a Escola de Missões Verbalizando.
Um dos integrantes da Rede Fale, Ronilso Pacheco, critica a forma como a questão é tratada pelo poder público: “Decididamente a educação não é tratada como um valor importante”, lamenta.
Segundo Pacheco, o investimento dos governos em qualidade nas escolas é quase nulo. “Não vamos fazer ‘um ato público evangélico’ e sim fazer um ‘ato público evangélico pela causa dos professores e da educação’”.
O pastor Clemir Fernandes, integrante do movimento e líder de uma Igreja Batista, afirma que o Evangelho incentiva o clamor por justiça: “Professores são violentados, crianças e famílias desrespeitadas e o que a gente que se diz anunciador das boas novas faz o quê? Quem sabe fazer o bem, diz o apóstolo, e não faz comete pecado. [O protesto] é uma contribuição a mais, numa perspectiva evangélica, com uma estrutura já desenvolvida pelo FALE. Não queremos concorrer com outros atos, mas convergir com eles”, declarou.

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