Igreja Anglicana causa polêmica ao estudar cerimônia de casamento gay

Na Inglaterra, a Igreja Anglicana levantou um debate polêmico e estuda permitir uma cerimônia religiosa para celebrar a união de casais homossexuais. Veja na reportagem de Roberto Kovalick.
"Eu os declaro casados" é algo que homossexuais ouvem cada vez com mais frequência. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, no civil, já é oficial em vários estados americanos, em países como a França e, na Inglaterra, entra em vigor no ano que vem.
A Igreja Anglicana, porém, quer inovar e permitir que a benção seja dada também numa cerimônia religiosa. A proposta é de um grupo de estudos formado por bispos. Ainda não é um casamento. Os bispos mantêm essa palavra apenas para a união entre homem e mulher, mas eles querem autorizar os párocos a fazerem uma cerimônia especial para marcar a formação de um casal do mesmo sexo.
A Igreja Anglicana, que se separou da católica há quase 500 anos, tem 80 milhões de seguidores no mundo. O líder, Justin Welby, é um exemplo da mudança de atitude em relação aos gays. Ele foi abertamente contra a legalização da união entre homossexuais. Mas, depois que foi aprovada, alertou que a igreja precisava fazer uma revolução nas suas ideias sobre sexualidade.
A recomendação dos bispos enfrenta muita resistência. Um dos integrantes do grupo de estudos se recusou a assinar o documento final. A igreja é acusada de mudar o que prega há séculos. E muitos temem que a novidade provoque uma cisão na igreja anglicana.
A maioria dos integrantes do grupo de estudos, porém, defendeu a mudança dizendo que a Bíblia é inconclusiva em relação à homossexualidade.
O líder da Igreja Anglicana, Justin Welby, – assim como o Papa Francisco – é um crítico ferrenho do sistema econômico, que gera um abismo entre ricos e pobres. Sendo que Welby, Arcebispo de Cantuária, é um ex-executivo do mercado financeiro.
Na manhã desta sexta-feira (29), a autoridade bancária europeia informou que banqueiros aumentaram seus ganhos em 11% em 2012.

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