Monsenhor Vítor Feytor Pinto deixa coordenação nacional da Pastoral da Saúde

Monsenhor Vítor Feytor Pinto vai terminar 31 anos de atividade ligado à Pastoral da Saúde da Igreja Católica, dos quais 28 anos como coordenador nacional, um trabalho feito com “sentido de responsabilidade” e “grande amor à Igreja”.
“O que me marcou mais profundamente foi a capacidade da Igreja olhar para um universo que é essencial hoje na nova evangelização. Hoje a saúde, a educação, do trabalho e da justiça são quatro campos onde a Igreja tem de ter um trabalho intensíssimo, a par com a relação com o Estado”, destacou, em entrevista à Agência ECCLESIA.
O sacerdote do Patriarcado de Lisboa realça que “sem dúvida” gostou muito do trabalho que tentou “levar a cabo com dignidade” e diz que “agora é lógico que depois de 31 anos haja alguém que continue esse trabalho”.
Segundo o entrevistado, o seu trabalho como coordenador Nacional da Pastoral da Saúde quis deixar a marca “essencial” de “simplicidade” que “os evangelizadores têm o dever de deixar em todo o trabalho que realizam dentro da Igreja” e ao serviço do mundo que “é o segredo da nova evangelização”.
A 183ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que terminou esta quinta-feira em Fátima, nomeou o padre José Manuel Pereira de Almeida, da Diocese de Lisboa, como novo responsável para o setor da saúde.
“Gosto muito dele e estou completamente disponível para todo o apoio necessário, mas dando a total e absoluta liberdade que cada pessoa que chegue a um cargo deve ter para inovar, para transformar, para superar e corrigir”, assinalou o monsenhor Vítor Feytor Pinto.
O sacerdote explica que foi em 1982 que a CEP lhe pediu para assumir o setor das Capelanias Hospitalares, porque “estavam sem grande coordenação”, e depois de comparar e analisar a experiência de outros países concluiu que “podiam integrar-se numa pastoral mais abrangente que podia ser a Pastoral da Saúde”, que na altura se chamava pastoral dos doentes.
“Curiosamente, isso foi consagrado pelo Papa João Paulo II, a 11 de fevereiro de 1985, naquilo que veio a chamar-se pastoral da ação apostólica dos profissionais de saúde e mais tarde tomou o nome de Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde”, prosseguiu monsenhor Vítor Feytor Pinto que três meses depois, a 18 de abril de 1985, foi nomeado pela CEP coordenador nacional da pastoral da saúde.
Nesta pastoral dos doentes “havia apenas o cuidar dos doentes” assinala o responsável que explica que quando passou a ser Pastoral da Saúde se teve em “atenção o acompanhamento dos doentes e a prevenção da doença”, com a inserção e participação de todas as paróquias, outras associações da Igreja e profissionais do setor “no quadro de apoio a uma pastoral preventiva e acompanhante dos doentes em sofrimento”.

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