Bento XVI expulsou 400 padres em dois anos por abusos

Um documento obtido pela Associated Press indica que o Papa Bento XVI expulsou da actividade sacerdotal pelo menos 400 padres no espaço de apenas dois anos. 

Os dados que a agência revela dizem respeito aos anos de 2011 e 2012 e terão sido coligidos no âmbito da sessão de quinta-feira, em Genebra, em que um representante da Santa Sé teve de responder perante uma comissão das Nações Unidas, dando conta do que a Igreja tem feito para combater os abusos sexuais sobre menores no seio da Igreja. 

Durante a sessão o arcebispo maltês Charles Scicluna defendeu que a Santa Sé não pode ser responsabilizada por más-práticas nas dioceses e paróquias individuais, explicou o que tem sido feito para melhorar a conduta quando existem suspeitas de abusos e reafirmou que houve erros e que é preciso melhorar a resposta a estas situações. 

Bento XVI tomou muitas medidas neste sentido, incluindo alterações na forma como os processos de laicização de sacerdotes abusadores são tratados, permitindo a sua aceleração. Segundo a teologia católica, um sacerdote nunca deixa de o ser, mas a laicização impede-o de exercer qualquer função de padre. 

Esta é a primeira vez que são conhecidos números reais a este respeito e confirmam o esforço feito durante o pontificado de Bento XVI para reformar a actuação da Igreja nesta área.

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