Menino de 10 anos recorda de sua vida passada como actor de Hollywood de 1930


MÉDICO AMERICANO PESQUISA CRIANÇAS QUE RECORDAM SUAS VIDAS ANTERIORES – JIM TUCKER CONTINUADOR DA PESQUISA INICIADA PELO DR. IAN STEVENSON – MENINO DE 4 ANOS LEMBRA DA SUA VIDA COMO ATOR – FILHO VOLTA COMO NETO
Jim Tucker é diretor médico da Clínica de Psiquiatria Infantil e Familiar, e Professor Associado de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade de Virginia . Seu principal interesse investigador são as crianças que parecem recordar vidas anteriores, e as lembranças pré-natais e do nascimento. É autor de Life Before Life: A Scientific Investigation of Children’s Memories of Previous Lives (que foi traduzido ao português como Vida Antes da Vida ), que apresenta uma visão de mais de 40 anos de investigação sobre a reencarnação no Setor de Estudos da Percepção da Universidade de Virginia.
Um dos casos reportados por Tucker é o do menino Ryan Hammons que, com quatro anos de idade, começou a ter lembranças fortes de uma existência anterior como ator em Hollywood, afirmando ter três filhos cujos nomes não conseguia lembrar. Seus pais, céticos inicialmente, o levaram ao médico que predisse o fim de suas crises noturnas com o passar do tempo. Um dia, enquanto folheava um livro sobre atores de Hollywood, Ryan conseguiu se identificar entre os atores da década de 1930. Vários foram os dados fornecidos por Ryan que o identificam de forma unívoca com Marty Martin, famoso ator de Hollywood na década de 30. Ryan é um dos autênticos casos de lembranças de vida anterior, como descreve Tucker.

TUCKER CONTINUADOR DE IAN STEVENSON
Como se sabe, existe uma possibilidade real de se pesquisar diretamente a reencarnação através do acesso à memória de pessoas (seja por meio de estado de transe) ou de crianças em tenra idade. O último processo é considerado mais confiável e foi o caminho seguido pelo famoso pesquisador Ian Stevenson, autor do livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação. Atualmente, o trabalho de Stevenson tem sido continuado por meio das pesquisas do Norte Americano Jim Tucker. Ele possui um arquivo com cerca de 2500 casos de crianças que tiveram lembranças de vidas anteriores. Tucker trabalha como professor associado de psiquiatria no Centro Médico da Divisão de Estudos de Percepção da Universidade de Virgínia. O trabalho de Tucker já dura 15 anos, com base em entrevista de crianças de várias idades.

ESTATÍSCA DOS CASOS
Devemos considerar que o método quantitativo utilizado em pesquisa é próprio da cultura americana, pois Allan Kardec ao investigar os fenômenos psíquicos utilizou o método qualitativo. Eis porque o estudo de Tucker, ao lidar com grande massa de dados, resultou na compilação de alguns números que demonstram os padrões estatísticos observados nos casos:
  • A maior parte das crianças que se lembra de vidas anteriores tem entre dois e seis anos de idade.
  • A idade média com que ocorreu a desencarnação da personalidade na vida anterior é de 28 anos;
  • 60% das crianças que se lembram de vidas anteriores são meninos;
  • Aproximadamente 70% das crianças afirmam ter desencarnado de morte violenta ou não natural;
  • Nos casos de falecimento por morte violenta, algo mais de 70% são meninos;
  • 90% das crianças afirmam pertencer ao mesmo gênero da existência anterior (ou seja, 10% trocam de sexo);
  • O tempo médio entre existências é de 16 meses (ou quase um ano e meio);
  • 20% das crianças afirmam se lembrar do que ocorreu no intervalo de erraticidade (quando estão desencarnadas).
PIONEIRISMO DE IAN STEVENSON
 É bom dizer que à frente da Divisão de Estudos da Personalidade esteve Ian Stevenson, o mais famoso pesquisador sobre o assunto. Seus livros e textos em publicações científicas descrevem casos de crianças que se recordariam de vidas passadas e de pessoas com marcas de nascença que teriam sido originadas por cicatrizes de existências anteriores.
Stevenson e sua equipe avaliaram casos de reencarnação da forma que consideram a mais acurada possível. Fazem entrevistas, confrontam a versão narrada com documentações, comparam descrições com fatos que só familiares da pessoa morta poderiam saber. Por tudo isso, ele se tornou um dos maiores responsáveis por ajudar a deslocar – ainda que apenas um pouco – o conceito de reencarnação do campo da fé e do misticismo para o campo da ciência.
Mas o que levou esse renomado médico, com mais de 60 anos de carreira, e tantos outros pesquisadores a encararem a reencarnação como uma hipótese válida?
Bem, são histórias como, por exemplo, a de Swarnlata Mishra, uma menina nascida em 1948 de uma rica família da Índia e que se tornou protagonista de um dos casos clássicos – digamos assim – da literatura médica sobre vidas passadas. A história é descrita em um dos livros de Stevenson, Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação, e se assemelha a outros registrados pelo mundo sobre lembranças reveladoras ocorridas, principalmente, na infância. Mas, ao contrário da maioria, não está relacionado a mortes violentas, confrontos ou traumas.
A história de Swarnlata é simples. Aos 3 anos de idade, viajava com seu pai quando, de repente, apontou uma estrada que levava à cidade de Katni e pediu ao motorista que seguisse por ela até onde estava o que chamou de “minha casa”. Lá, disse, poderiam tomar uma xícara de chá. Katni está localizada a mais de 160 quilômetros da cidade da menina, Pradesh. Logo em seguida, Swarnlata começou a descrever uma série de detalhes sobre sua suposta vida em Katni. Disse que lá seu nome fora Biya Pathak e que tivera dois filhos. Deu detalhes da casa e a localizou no distrito de Zhurkutia. O pai da menina passou a anotar as “memórias” da filha.
RECORDAÇÕES DE MÃE
Sete anos depois, em 1959, ao ouvir esses relatos, um pesquisador de fenômenos paranormais, o indiano Sri H. N. Banerjee, visitou Katni. Pegou as anotações do pai de Swarnlata e as usou como guia para entrevistar a família Pathak. Tudo o que a menina havia falado sobre Biya (morta em 1939) batia. Até então, nenhuma das duas famílias havia ouvido falar uma da outra.
Naquele mesmo ano, o viúvo de Biya, um de seus filhos e seu irmão mais velho viajaram para a cidade de Chhatarpur, onde Swarnlata morava. Chegaram sem avisar. E, sem revelar suas identidades ou intenções aos moradores da cidade, pediram que nove deles os acompanhassem à casa dos Mishra. Stevenson relata que, imediatamente, a menina reconheceu e pronunciou os nomes dos três visitantes. Ao “irmão”, chamou pelo apelido.
Semanas depois, seu pai a levou para Katni para a casa onde ela dizia ter vivido e morrido. Swarnlata, conta Stevenson, tratou pelo nome cada um dos presentes, parentes e amigos da família. Lembrou-se de episódios domésticos e tratou os filhos de Biya (então na faixa dos 30 anos) com a intimidade de mãe. Swarnlata tinha apenas 11 anos.
As duas famílias se aproximaram e passaram a trocar visitas – aceitando o caso como reencarnação. O próprio Stevenson testemunhou um desses encontros, em 1961. Ao contrário de muitos casos de memórias relatadas como de vidas passadas, as da menina continuaram acompanhando-a na fase adulta – quando Swarnlata já estava casada e formada em Botânica.

REENCARNAÇÃO E ESPIRITISMO

A reencarnação, segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, é a volta do espírito a um novo corpo de carne que nada tem a ver com o anterior. Isto é, a alma que não se depurou em uma vida corpórea recebe a prova de uma nova existência, durante a qual dá mais um passo na senda do progresso. É por essa razão que passamos por muitas existências.
Se somos seres imortais, tendentes à perfeição, certamente os poucos anos de uma vida física são insuficientes para a aquisição das experiências necessárias ao nosso aperfeiçoamento. Senão, ficaria sem sentido a afirmativa de Jesus: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celestial”.
Não é somente na Terra que reencarnamos; podemos viver em mundos diferentes. As reencarnações que passamos aqui não são as primeiras nem as últimas; são, porém, as mais materiais e bastante distantes da perfeição. A alma pode viver muitas vezes no mesmo globo e só pode passar a reencarnar em mundos superiores quando haja alcançado condição suficiente para tal.

FILHO VOLTA COMO NETO

Os espíritos formam grupos ou famílias no mundo espiritual, ligados pela afeição e simpatia. Ao reencarnarem, reúnem-se na mesma família ou num mesmo círculo de afinidade, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Podem, dessa forma, reencarnar muitas vezes na mesma família, desde que tenham uma afeição real de alma para alma. Por outro lado, as ligações com vizinhos ou empregados poderão igualmente decorrer de laços familiares ou amizades antigas. Por meio da reencarnação, portanto, há continuidade das relações entre os que se amaram e continuam se amando.
Nesse sentido, o engenheiro suíço Karl E. Muller, no livro Reencarnação Baseada em Fatos, relata um acontecimento ocorrido com um menino de dois anos de idade, que disse à sua mãe: “Estou aqui, porque amo você, papai e Leslie, meu irmão”. Não incluindo nesta relação outras pessoas da família, a mãe então respondeu que ele devia amar a todos os seus parentes, pois todos gostavam dele, ao que o pequeno filho replicou: “Não é isso, mamãe. Você não se lembra da época em que estávamos mortos?” Ao dizer isto, o menino estava se referindo à ligação dele no mundo espiritual com os seus pais e o irmão, antes de reencarnar.
Existe também o caso de Espíritos que, ao se tornar inimigos em vidas passadas, podem reencarnar numa mesma família, a fim de se reconciliarem em nome do amor, pois essa é a determinação de Deus para os Seus filhos.
Fato interessante foi o meu neto, aos cinco anos de idade, revelar espontaneamente ter sido meu filho reencarnado, ao dizer que “antes de estar na barriga da minha mãe, estava na barriga da vovó”. Disse ainda, aos seis anos, que tendo aparecido um machucado nas costas da qual saía sangue, “ele foi lá para cima”, e “depois voltou”. Na realidade, ele estava dizendo que, ao ter morrido na vida anterior devido a um câncer na omoplata, do qual esguichava sangue do tumor, sua alma voltou para o mundo espiritual. E que depois disso, retornou em novo corpo como meu neto. Resumindo, o mesmo espírito que desencarnou como meu filho, em 1965, com um ano e dez meses, reencarnou depois como meu neto em 1982.



Ryan e sua existência anterior como o ator Marty  Martin (~1930).

Dr. Jim Tucker

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