Pesquisa encontra vestígios de sangue no Santo Sudário

Estudo reafirma investigações anteriores, que já indicavam para uma “morte violenta”.


Recentemente um estudo publicado revelou ter encontrado vestígios de sangue no Santo Sudário. Para uma parte dos cristãos trata-se do pano que envolveu Jesus Cristo em seu sepultamento. A pesquisa foi realizada por uma equipe liderada por Elvio Carlino, do Instituto de Cristalografia, em Bari, Itália.
As informações divulgadas na revista científica PlosOne demonstram que o sangue presente no tecido comporta indícios de creatinina e ferritina. “A presença destes dois elementos ocorre em casos de poli-traumatismo grave”, indica a pesquisa.
O estudo que foi publicado com o nome ‘Estudos de resolução atômica detecta novas evidências biológicas  no Sudário de Turim’, reafirma investigações anteriores, que já indicavam para uma “morte violenta”.

“As partículas muito pequenas aderidas às fibras do linho do sudário registaram um cenário de grande sofrimento da vítima que estava envolvida no pano funerário”, observa Elvio Carlino, especialista do Instituto de Cristalografia. Ele ainda afirma que “estas descobertas só poderiam ser reveladas pelos métodos recentemente desenvolvidos no campo da microscopia eletrônica”.
As nanopartículas encontradas no material tinham uma estrutura, tamanho e distribuição peculiares. Giuliu Fanti, professor da Universidade de Pádua, baseado nos resultados também afirma a existência de “uma morte violenta do homem envolvido no Sudário”.

O Santo Sudário de Turim

O pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do Carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390.
Em 2011, no entanto, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) anunciou as conclusões de um trabalho de cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no Sudário, tentando a sua reprodução.
“A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas (…) é impossível de obter em laboratório”, afirmaram os especialistas da ENEA.
O Centro Português de Sindonologia, associação cultural sem fins lucrativos dedicada ao estudo e divulgação do Santo Sudário de Turim, refere em comunicado enviado à Agência Ecclesia que “a imagem tem atributos ímpares, tais como comportar-se como um negativo fotográfico e possuir codificação ‘3D’ só extraível por métodos de processamento informático de imagem existentes em finais do século XX”.

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