A Organização de Direitos Humanos de Chin (CHRO), estado da Birmânia ocidental, divulgou um relatório afirmando que jovens cristãos estão sendo obrigados a se converterem ao budismo.
O presidente do país, Thein Sein, garante que seu país respeita a liberdade religiosa, mas os relatos são outros, já que o país, que vive sob ditadura militar, trata o budismo como religião oficial.
Dos 55 milhões de habitantes, 89% são budistas, 3% são protestantes e 1% católico romano, segundo estatísticas do relatório Factbook da CIA.
A CHRO é uma organização sem fins lucrativos que está localizada entre a Índia e Mianmar tem lutado contra a visão ultranacionalista que tem obrigado a população a se tornar budista pregando a frase: “Se você é birmanês, você deve ser budista.”
Por causa da pobreza que atinge mais de 500 mil pessoas, muitos jovens buscam pelas escolas militares em Mianmar já que elas oferecem comida, educação e emprego. Mas essas instituições obrigam os estudantes a rasparem a cabeça (ritual budista) e a converter-se à religião oriental.
“Essas instituições são concebidas para facilitar a política de assimilação forçada, sob o pretexto do desenvolvimento. As escolas parecem oferecer um caminho para sair da pobreza, mas há um preço alto a pagar e uma dura escolha a se fazer: os estudantes são forçados a abandonar a sua identidade e se converter ao budismo ou então, devem juntar-se aos militares e cumprir a visão das autoridades quanto ao ‘cidadão patriótico’”, disse Rachel Fleming, diretora da CHRO.
O relatório também denuncia os abusos contra os direitos humanos em Chin, relatando casos de trabalho forçado e tortura, ações que fizeram com que muitos fugissem do país.
Com informações Portas Abertas
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