Terry Jones divulga filme anti-islã em sua igreja


O pastor teve o nome incluso na lista de pessoas procuradas pelo Egito e corre riscos
Terry Jones divulga filme anti-islã em sua igrejaTerry Jones divulga filme anti-islã em sua igreja
O vídeo que tem gerado protestos contra os Estados Unidos em diversos países do Oriente Médio foi divulgado pelo pastor Terry Jones, que já é desafeto dos muçulmanos por ter queimado exemplares do Corão.
O pastor teria afirmado que mostraria 13 minutos do filme durante o culto em sua igreja para mostrar um pouco sobre o Islã. “É uma produção americana, que não pretende atacar os muçulmanos, mas serve para mostrar a ideologia destrutiva do Islã”, explicou o pastor através de um comunicado publicado pelo Wall Street Journal.
Preocupado com a atitude do pastor em se pronunciar em um momento tão delicado para os Estados Unidos, o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, resolveu ligar para Jones pedindo para que ele retire seu apoio ao filme.
O porta-voz de Dempsey, o coronel Dave Lapan, falou que as autoridades militares do país estão receosas com o vídeo, pois ele pode inflamar os sentimentos anti-americanos no Afeganistão onde 74 mil soldados norte-americanos estão em combate.
“No breve telefonema, o general Dempsey expressou sua preocupação com a natureza do filme, as tensões que isso vai inflamar e a violência que vai causar”, falou o coronel à agência Reuters.
O medo dos EUA ficou mais forte depois que o Taliban pediu para que os afegãos se preparem para um combate contra os americanos para poder se vingar pelo vídeo que difamou a religião oficial do país.
Os protestos no Egito e na Líbia deixaram vários feridos e alguns mortos, entre eles o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens, de 54 anos.
Pastor corre risco
O Egito tomou medidas drásticas em relação ao filme, o pastor Terry Jones e nove cristãos coptas que moram nos Estados Unidos foram incluídos na lista de procurados pela Justiça por estarem supostamente ligados na produção do filme “Inocência dos muçulmanos”.
O diretor identificado como Sam Bacile, um homem de 54 anos de origem israelense-americana está escondido com medo de represálias.
O filme considerado desrespeitoso mostra o profeta Maomé como filho ilegítimo e depois tendo relações com uma mulher. As caricaturas feitas do profeta islâmico revoltaram a população muçulmana.

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