As polícias Civil e Militar de Mato Grosso do Sul e a Polícia Nacional do Paraguai estão tentando recapturar Dionathan Celestrino, 21, mais conhecido como o “Maníaco da Cruz”.
Ele é considerado um perigoso assassino em série e matou três pessoas no Mato Grosso do Sul em 2008, quando tinha 16 anos. As vítimas de Dionathan foram o pedreiro Catalino Gardena, 33, a frentista Letícia Neves, 24, e a estudante Graice Kelly da Silva, 23. O jovem as esfaqueava ou estrangulava e deixava os corpos colocados em forma de cruz.
O motivo das mortes era porque ele acreditava que as pessoas “impuras” mereciam morrer. Uma adolescente de 17 anos disse que não foi morta, pois conseguiu convencer o assassino de que era virgem. Dionathan estava preso há mais de 5 anos na Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã, cidade que faz fronteira com o Paraguai. Não há notícias de seu paradeiro.
Nas cidades da região onde moravam as vítimas do maníaco, a sensação é de insegurança. Os moradores temem que ele volte para lá e cometa outros assassinatos. Segundo um morador, “A preocupação é porque ele [Celestrino] disse que a missão dele não estava cumprida”.
Segundo relatos à imprensa na época dos assassinatos, Dionathan era um garoto de boa aparência, sociável e trabalhador. Mas ao falar de seus crimes, tornava-se frio e vaidoso. Disse que escolhia as vítimas aleatoriamente e após uma conversa, que na verdade era uma entrevista para verificar se a pessoa era “pura” ou “impura” e se deveria ou não continuar vivendo.
Fã de filmes de terror, o adolescente disse que pretendia matar mais de 18 pessoas, para bater o “recorde” de Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque”, o mais conhecido assassino em série do país.
A primeira vítima, Catalino Cardena, após ser esfaqueado teve a palavra INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) escritas no peito com um canivete. Em entrevista a um jornal Dionathan disse que “depois da primeira” (vítima), tomou “gosto” de matar.
Ao ser perguntado por que deixava os mortos em posição de crucificação, o adolescente disse, que estava ajudando as pessoas que matava a ficarem próximas de Deus em que acreditavam. O adolescente afirma ser adorador de Satanás e que, antes de esfaquear as vítimas, as estrangulava, perguntando: “E agora, você acredita no seu Deus?”.
Próximo ao corpo de sua última vítima, Gleice Kelly da Silva, ele deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que formavam a palavra “INFERNO”.
O Inquérito da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul conclui que o adolescente era o líder de uma seita satânica que reunia jovens na região de Rio Brilhante, a 167 quilómetros de Campo Grande. Na casa de cada um deles, havia uma imagem do diabo. Os pais de Dionathan, segundo a polícia, diziam não desconfiavam do envolvimento do filho nos crimes.
Pela lei, ao completar 18 anos, Celestrino poderia sair livre, mas os laudos técnicos mostravam que ele tem problemas psiquiátricos. Segundo o superintendente de Assistência Socioeducativa da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, Hilton Vilassanti, nenhuma clínica psiquiátrica aceitou a internação do jovem. E o dilema agora é que o Estado não sabe como proceder caso ela seja recapturado. “É a grande pergunta. Para onde ele vai, se ele tem mais de 21 anos?”, questiona Vilassanti.Com informações UOL e Correio do Estado.
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