O projeto do “Terra Sancta Museum”, idealizado pelo padre italiano Pierbattista Pizzaballa, será construído no coração de Jerusalém e tem previsão de ser finalizado em 2015. Segundo o padre, o museu tem o objetivo de preservar o patrimônio, apresentar melhor a história para que se viva o presente com mais serenidade.
O complexo de dois mil metros quadrados será composto de duas sedes – o Convento da Flagelação e o Convento de São Salvador – e três museus – arqueológico, de multimídia e histórico. Em entrevista à rádio italiana Radio Vaticana, Pizzaballa afirma que a construção desse complexo representa uma vontade precisa de apresentar, “sem polêmicas, nossa história, que é também a história desse país [Israel]”.
“Em Jerusalém são encontradas diversos sinais da presença cristã, mas não existe nenhum lugar que mostra de maneira sistemática, desde as origens até hoje, a história da presença cristã na Terra Santa, que é um aspecto muito importante”, explica Pizzaballa.
Segundo ele, outro escopo do museu é ajudar aos peregrinos e aos residentes a ter consciência da riqueza da história cristã e da sua atual presença em Israel. “Será acessível a todos: cristãos, hebreus e muçulmanos. O objetivo é apresentar de maneira positiva a nossa história com a intenção de que se torne um ponto de encontro para todos”, justifica.
O padre explica que as sedes e os três museus serão interligados, de maneira a mostrar a história doCristianismo antigo, como era em Jerusalém nos tempos de Jesus. O museu arqueológico será situado no Convento da Flagelação, no início da Via Dolorosa, que leva ao Santo Sepulcro.
Nesse local, afirma o padre, serão apresentados vídeos que explicarão ao visitante a história da Via Dolorosa e do Santo Sepulcro. “A terceira parte do museu é no Convento] São Salvador que irá mostrar o período das Cruzadas até hoje e como foi o desenvolvimento da comunidade cristã naquele período”, afirma Pizzaballa.
O Pierbattista Pizzaballa acredita que a construção do “Terra Sancta Museum” será muito importante para a sociedade, diante da realidade que vive hoje “de grandes divisões, de tantos problemas”. Segundo ele, é importante “investir na cultura, porque não temos somente necessidade de paz, justiça, pão e trabalho, mas também da sensação das coisas que fazemos aqui, da nossa missão. E essas iniciativas de caráter cultural são um farol nessa direção”.
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