Nesta quarta-feira, 4.600 palestinos presos em Israel iniciaram uma greve de fome em protesto contra morte de um recluso que sofria de câncer. Segundo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) o prisioneiro não recebeu o devido atendimento médico.
A morte causou tensão entre os governos e de acordo com testemunho de Qadura Fares, presidente do Clube de Presos Palestinos, os detentos se negaram na manhã de ontem a realizar suas refeições. Fares informou ainda que a medida deverá ser adoptada por tempo indeterminado.
“É um período muito tenso. Tínhamos apelado para a comunidade internacional porque se sabia o estado crítico de Maysara Abu Hamdiye [preso morto ontem], mas a ocupação israelita não queria que ele passasse seus últimos dias com sua família”, declarou Fares.
Autoridades israelita confirmaram a iniciativa dos detentos. Ainda assim o Governo de Israel não define a situação como grave mesmo após rejeição de seis refeições em um prazo de 48 horas.
Abu Hamdiye, 64, foi condenado à prisão perpétua por seu envolvimento em um frustrado atentado em Jerusalém. O palestino morreu em função de um câncer na garganta em um hospital de Bersheva, próximo da penitenciária de Seroka.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahamoud Abbas, classificou como “arrogante e intransigente” a atitude de Israel sobre a morte de Abu Hamdiye.
O responsável pelo serviço de prisões israelitas no sul do país, Gondar Nasim Sabiti, disse que estava sendo analisada uma libertação adiantada para Abu Hamdiye, o que seria discutida nesta semana.
O governo israelita acusa a ANP de utilizar a morte para gerar um aumento da violência na região. Com informações R7.
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