A Renovação Carismática tem atraído cada vez mais fiéis católicos, dos 123,3 milhões de católicos que há no Brasil pelo menos 10 milhões participam dos eventos carismáticos como retiros espirituais e encontros.
Em São Paulo o representante mais conhecido do segmento é padre Marcelo Rossi que lidera a igreja Mãe de Deus, um espaço para 100 mil pessoas que funciona desde o ano passado.
Rossi exemplifica bem este segmento da Igreja Católica que é muito parecido com as igrejas pentecostais e muitos estudiosos acreditam que este pode ser o jeito de recuperar os fiéis perdidos para igrejas protestantes.
“Os grupos carismáticos convocam a Igreja a uma renovação para trazer de volta os fiéis e dar fôlego à instituição através de uma popularização baseada no modelo pentecostal”, disse Magali Cunha, da Faculdade de Teologia e pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo.
Para o chefe do Departamento de Ciências da Religião da Universidade Católica de São Paulo (PUC), Edin Abumansur, a renovação carismática não pode ser resumida a uma estratégia para contenção de fiéis. “É um fenômeno maior, mais amplo, próprio da Igreja Católica”, disse ele à agência de notícias AFP.
Abumansur acredita, por outro lado, que sem esse segmento a igreja teria perdido muito mais fiéis. Desde a década de 1970 os números de fiéis católicos estão caindo, nessa época 91,8% da população brasileira se declarava católica, em 1980 73,6% e hoje 64,6%.
A professora da Metodista vê semelhança nas técnicas usadas pelos pentecostais e pelos carismáticos como os grandes eventos públicos, cerimônias de cura, palavras e músicas que emocionam, bênçãos para emprego e outros.
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