A mensagem foi entregue por uma delegação chefiada pelo ministro de Estado sírio, Joseph Sweid, durante uma audiência com os arcebispos Pietro Parolin, secretário de Estado e segunda figura do Vaticano, e Dominique Mamberti, chefe da diplomacia da Santa Sé.
Em comunicado, o gabinete de comunicação do Vaticano adiantou apenas que “a delegação trouxe uma mensagem do Presidente Assad para o Santo Padre que reflecte a posição do Governo sírio”. Questionado pela AFP sobre o conteúdo da missiva, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, respondeu que não será divulgada mais informação.
Dia de Natal, na bênção urbi et orbi (à cidade e ao mundo), o Papa Francisco rezou pela paz na Síria e pediu aos beligerantes que permitam que a ajuda humanitária chegue aos milhões de sírios encurralados pelos combates.
Foi a última de várias intervenções do Papa a favor da paz na Síria desde a sua eleição, em Março passado. Em Setembro, Francisco declarou-se contra a ofensiva que estava a ser planeada pelos Estados Unidos e a França para punir o regime de Assad pelo uso de armas químicas, presidiu a uma vigília na Praça de São Pedro e convocou os católicos de todo o mundo a juntarem-se num dia mundial de oração pela paz. Já no início deste mês, o Papa pediu a libertação de 12 freiras de um mosteiro ortodoxo sequestrado por jihadistas no Norte da Síria e “de todas as pessoas sequestradas no âmbito deste conflito”.
Apelos que têm caído em saco roto. Só neste sábado, 25 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram num ataque aéreo contra um mercado de vegetais em Alepo. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que recolhe informação de activistas no terreno, o local foi atingido por barris carregados de explosivos lançados a partir de helicópteros – um tipo de ataque indiscriminado que se tem repetido naquela que era, até há pouco mais de um ano, a capital económica da Síria. O Observatório calcula que mais de 400 pessoas, entre elas muitas mulheres e crianças, morreram nos bombardeamentos lançados nas últimas duas semanas pelas forças de Assad contra bairros controlados pela oposição.
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