O Arcebispo do Minnesota suspendeu-se a si mesmo depois de terem surgido alegações de conduta sexual imprópria. Um jovem terá afirmado que o bispo o tocou de forma imprópria, durante uma fotografia de grupo, depois de um crisma, em 2009.
Num comunicado emitido pela arquidiocese explica-se que mal as autoridades eclesiásticas tomaram conhecimento da alegação ela foi transmitida à polícia, de acordo com as normas internas da Igreja norte-americana. O arcebispo nega a acusação, mas decidiu suspender-se para facilitar a realização de um inquérito. A decisão foi tomada após consultado o núncio apostólico, representante diplomático da Santa Sé.
John Nienstedt diz que não sabe quem é que o está a acusar, mas que não duvida da sinceridade das suas intenções. Contudo, o bispo garante que nunca teve qualquer contacto impróprio com crianças: “Sim, sou um pecador, mas entre os meus pecados não se conta qualquer abuso de menores”.
Em relação ao incidente em si o arcebispo clarifica também que nas fotografias de grupo com crianças tem o costume de adoptar uma postura defensiva, precisamente para evitar mal entendidos. “Para essas fotografias costumo estar de pé com uma mão no meu báculo e a outra no ombro direito do recém-crismado, ou então no meu pálio, à volta do meu peito. Faço-o propositadamente e há centenas de fotografias que o comprovam”.
A acusação surge precisamente numa altura em que Nienstedt estava a tentar melhorar a imagem de uma diocese fortemente abalada por escândalos de abusos sexuais. Independentemente de se comprovar a inocência ou a culpa de Nienstedt neste caso, a actuação do arcebispo realça a transparência das normas internas da Igreja, que envolveram de imediato as autoridades e levaram à sua suspensão temporária, mas também, por outro lado, a facilidade em fazer acusações falsas que podem dificultar muito a vida do acusado até que se comprove a sua inocência.
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