O Arcebispo de Madrid, Cardeal Rouco Varela, foi atacado na noite de domingo por cinco activistas do movimento Femen.
O Cardeal estava a fazer o percurso entre o seu carro e a igreja onde ia celebrar a missa das 20h00 quando as cinco activistas se lançaram sobre ele, aos gritos de “Aborto é sagrado”.
Em tronco nu, as cinco mulheres lançaram também peças de roupa interior manchadas com tinta encarnada sobre o arcebispo, que é também presidente da Conferência Episcopal espanhola. Alguns fiéis ajudaram-no a entrar na Igreja, sem que tenha sido seguido pelas activistas, que após alguns minutos se foram embora.
O incidente já foi condenado pelo ministro da Justiça de Espanha. Alberto Ruiz-Gallardón disse, esta segunda-feira, que a atitude das activistas foi lamentável.
No centro da revolta dos defensores do aborto está o projecto de lei do Governo espanhol que visa restringir o acesso ao aborto.
Embora no papel a lei do aborto em Espanha não seja muito diferente da portuguesa, a interpretação feita é muito mais permissiva. Uma enorme quantidade de abortos é feita ao abrigo do "perigo físico ou psíquico" para a mulher, sendo que para tal basta uma declaração da mesma. Com a nova lei, garante o executivo, será necessário comprovar esses perigos para a saúde da mãe.
A nova proposta, que ainda não está finalizada, obriga ainda as menores a obter consentimento dos pais quando quiserem interromper uma gravidez e regula a objecção de consciência.
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