O Comitê da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Direitos da Criança divulgou um relatório nessa quarta-feira (5) acusando o Vaticano de proteger padres pedófilos.
O texto não poupa críticas à Santa Sé dizendo que ela adotou políticas que permitem o abuso sexual de menores por membros do clero.
“A Santa Sé adotou políticas e práticas que levaram a abusos contínuos e à impunidade dos agressores. A Santa Sé repetidamente colocou a reputação da Igreja e a proteção dos agressores acima dos interesses das crianças”, escreveu Kirsten Sandberg, chefe do órgão.
A ONU quer que a Igreja Católica abra seus arquivos e revele os crimes cometidos por seus representantes. O órgão reclama que os clérigos acusados de pedofilia não eram expulsos, apenas transferidos para outras paróquias colocando em risco outras crianças.
A indicação do comitê é para o Vaticano “remover imediatamente” todos os padres que cometeram abusos sexuais e também aqueles que são suspeitos.
Segundo a BBC a Santa Sé garantiu que vai divulgar uma carta em resposta ao relatório da ONU. Vale lembrar que o Papa Francisco criou uma comissão para combater os casos de abuso de crianças dentro da igreja.
Em dezembro o Vaticano rejeitou o pedido da ONU para ter acesso aos casos de abusos sexuais dizendo que só oferece esses dados a outros países quando há investigações judiciais.
Para Sandberg a Igreja teria obrigação de oferecer esses dados e ainda compensar as vítimas.
Para Sandberg a Igreja teria obrigação de oferecer esses dados e ainda compensar as vítimas.
“Temos recomendações bem concretas que (o Vaticano) deveria seguir, entre elas, de proteção e compensação das vítimas. Além de cooperar com as autoridades policiais em outros países”, disse ele.Com informações BBC.
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