Imagens de cartazes espanhóis gera revolta e entidades pedem punição de responsáveis.
Desenhos de crianças nuas com genitivas expostas foram colocados em ónibus e estações de metro na Espanha. Eles fazem parte de uma campanha contra “discriminação sexual”. Na mensagem, posta abaixo das figuras, lê-se: “Há meninas com pên e meninos com vagina. É simples assim. A maioria deles sofre diariamente, porque a sociedade não conhece essa realidade”.
Os 150 cartazes com o desenho de quatro crianças nuas e sorrindo ficaram expostos entre 10 e 16 de Janeiro. Eles foram espalhados em ónibus e estações de metrô nas comunidades autônomas (Estados) do norte da Espanha: País Basco e Navarra.
A promoção foi da organização Chrysallis, que reúne famílias de menores transexuais. Eles dizem que pretendiam dar visibilidade à situação e combater o preconceito contra essas crianças.
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A reação do público foi negativa. Alguns cartazes foram rasgados e sobre outros foram desenhados um pênis e uma vagina para “corrigir” o desenho. Beatriz Sever, porta-voz da Chrysallis, justifica: “Só um grupo bem pequeno da sociedade rejeitou a campanha. Não tem nada de ofensiva. São corpos de crianças, é parte da natureza”.
Porém, grupos cristãos fizeram protestos por causa da imposição da ideologia de gênero. A organização Centro Jurídico Tomás Moro encabeçou um abaixo-assinado digital contra a campanha chamado: “No transporte público, se fomenta a corrupção de menores”. Nos primeiros dias, quase 10 mil assinaturas foram recolhidas e a petição será entregue ao Promotor para Assuntos de Menores do País Basco.
O grupo planeja levar uma denúncia formal à Justiça. Exige também que a Chrysallis esclareça de onde tirou as informações dos cartazes, segundo a qual “a taxa de tentativa de suicídio entre adultos transexuais a quem foi negada sua identidade durante a infância é de 41%”.
O advogado Javier María Perez-Roldón, membro do Centro Jurídico Tomás Moro, faz o alerta que a campanha é “ilegal e enganosa”. Relatou à BBC que o grupo que ele representa considera “inadmissível a hipersexualização da conduta de menores mediante campanhas juridicamente inadmissíveis e moralmente reprováveis”.
O pedido encaminhado à Promotoria é que os cartazes sejam retirados, além de investigar e punir “os responsáveis pela corrupção de menores”.
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