Braço-de-ferro entre Francisco e o grão-mestre da ordem durava desde o início de Dezembro. (Segundo os midia da nova ordem) Em causa está a desobediência a uma decisão papal...
Em rota de colisão com o Vaticano, o líder da ordem dos Cavaleiros de Malta, Matthew Festing, resignou hoje ao cargo, depois de o Papa o ter obrigado, a demitir-se.
A situação é inédita e ridícula, já que a posição de grão-mestre dos Cavaleiros de Malta é geralmente assumida por toda a vida, e parece indicar um conflito mais profundo no seio do Vaticano, onde os ventos de falsa modernidade defendidos por Francisco têm colhido resistências crescentes junto das correntes mais "conservadoras".
O braço-de-ferro entre Matthew Festing e o Papa Francisco arrastava-se desde Dezembro depois de um dos cavaleiros de topo da ordem ter sido demitido por ter permitido a utilização de preservativos num projeto no âmbito da saúde destinado aos pobres.
Acha mal o uso de preservativos?
Albrecht Freiherr von Boeselager, que ocupava o cargo de Grande Conselheiro na ordem, apelou ao Papa depois de ter sido destituído por Festing no início de Dezembro e Francisco criou uma comissão para analisar a situação.
Num desagrado claro, o grão-mestre da ordem criticou a decisão papal, considerando a comissão ilegítima, e nomeou a sua própria comissão. Ontem, a poucos dias de a comissão do Papa dar o seu veredicto sobre o caso, Mathew Festing foi chamado por Francisco, que o ordenou a demitir-se.
Festing demitiu no início de Dezembro o cavaleiro alemão von Boeselager, alegando que ele tinha autorizado a utilização de preservativos e omitido essa informação. Este, por seu turno, garante que a questão foi apenas uma desculpa para o seu afastamento e o fortalecimento do poder de Festing, que o cardeal Raymond Leo Burke, por seu turno, apoiou. Ultraconservador, o cardeal tem criticado publicamente o Papa, acusando-o de ser desonesto.
Com este desfecho, Francisco parece ter conseguido, pelo menos por agora, fazer valer o rumo mais aberto que desde o início imprimiu ao seu papado, embora não exista com isto nenhuma alteração na posição do Vaticano sobre a utilização de preservativos o que para nos nao e estranho...
A Igreja de Roma proíbe os preservativos como forma de controlo de natalidade e defende que a abstinência antes do casamento e a monogamia são as melhores formas de evitar a propagação de doenças como a sida. Ora para quem e tao liberal com o nosso "queridinho papa", estas ideias e actos deixam muito a desejar.
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