Católicos são os mais liberais entre religiosos no Brasil


O Instituto de Pesquisas Datafolha decidiu investigar qual a diferença entre o que a igreja prega e o que os católicos pensam ou praticam. Sabe-se do tamanho da Igreja Católica no Brasil, considerada a maior do mundo, e das questões históricas. Afinal, o “catolicismo cultural” parece ser a norma, incluindo o hábito de batizar os filhos e ir à igreja apenas para casamentos e funerais.
Nas últimas décadas, a maioria dos sacerdotes e dos fieis passaram a defender a chamada “primazia da consciência”, onde cada pessoa tem abertura para tomar suas próprias decisões sobre temas que não afetariam o cerne da fé.
Numa análise preliminar, não é difícil perceber que os católicos do Brasil demonstram ser mais “liberais” que os cristãos de outros segmentos.
Brigas históricas, por exemplo, como o uso de preservativos, apesar de proibido pelo Vaticano, encontra um alto índice de aprovação (93%). O mesmo vale para a pílula anticoncepcional (85%)
No tocante ao questionamento se uma mulher pode celebrar uma cerimônia religiosa, a aprovação dos católicos (64%), é maior que a dos evangélicos pentecostais (56%) e dos não pentecostais (58%).
Perguntados sobre as uniões homossexuais, 41% se declaram favoráveis. Em comparação, ainda é menor que a aceitação entre espíritas (64%) e adeptos da umbanda (53%).  Os mesmos 41% se mostraram favoráveis à legalização do aborto.
Mais metade dos católicos (52%) ainda defendem um clero celibatário, embora se digam desanimados com os constantes casos de abuso e pedofilia.  Por outro lado, antes um tabu, o divórcio já é aceito como natural para 67% dos católicos.
Como mostra o quadro abaixo, ainda existe uma diferença razoável entre o que os católicos dizem aceitar e o que eles gostariam que o novo papa aceitasse.
 Católicos são os mais liberais entre religiosos no Brasil

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