De acordo com o site Portas Abertas, 178 casas de famílias cristãs e 75 lojas foram incendiadas no dia 9 de março no Paquistão depois que mesquitas da cidade de Joseph Colony, área de Lahore, anunciaram em seus alto-falantes que era para matarem os blasfemos.
Uma multidão de fiéis islâmicos partiu então contra os cristãos que vivem naquela região, assustados eles tiveram que fugir da cidade.
Um dia antes o cristão Sava Masih teve sua propriedade invadida, saqueada e incendiada depois de ser acusado de fazer comentários depreciativos ao fundador do islamismo, o profeta Maomé.
A denúncia contra o cristão acabou resultando na onda de ataques que deixaram centenas de pessoas desabrigadas. Uma das vítimas, Aslam Masih, de 65 anos, fez um relato desesperador para um parceiro da Portas Abertas que actua no local dizendo que economizou muitos anos para fazer o casamento de suas duas filhas, marcados para o mês que vem, mas que depois desse ataque ele perdeu tudo e não tem nem sequer condições de alimentar a sua família.
Polícia foi accionada
A polícia local foi accionada e chegou a acalmar a multidão que agrediram também o pai de Savan, Chaman Masih, registando um boletim de ocorrência contra o cristão, alegando crime de blasfémia.
Pela seção 295-C do Código Penal do Paquistão, que é condenado por este crime recebe pena de morte. Chaman também foi preso.
Savan teria profanado Maomé durante uma conversa com um amigo muçulmano no dia 7 de março.
Os cristãos que acabaram sendo atingidos pelos ataques estão sendo ajudados pela organização Barnabas que está trabalhando com parceiros locais para tentar reconstruir as vidas dessas pessoas.
O presidente paquistanês, Asif Ali Zardani e o primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf, pediram a abertura de um inquérito para apurar o ataque de Joseph Colony. O governo também prometeu compensar os cristãos pelas perdas materiais e processar os criminosos.
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