Terras e Segredos Perdidos - 2ª Parte




Eldorado



Eldorado ou El Dorado é uma antiga "lenda" narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.
Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde actualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no actual estado de Roraima). O fato é que essas são algumas — entre as várias — suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano. Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto Peru, Sudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas regiões onde viviam as civilizações Asteca, Inca e Maia.
O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada.
Até os dias de hoje ainda há quem acredite na Lenda e quem procure o Eldorado, quem um dia não se encontra mesmo essas construções?

Teoria da Terra oca

Esta teoria afirma que a Terra é oca e possui aberturas nos pólos. Além disso, uma civilização avançada, chamada Agartha, existiria dentro dela. Entre o seu povo existiriam avançados mestres espirituais e tecnológicos, que às vezes fariam investidas na atmosfera em seus OVNIs.
No final do século XVII, o astrônomo britânico Edmund Halley propôs que a Terra consistiria de quatro esferas concêntricas e "também sugeriu que o interior do planeta seria povoado por seres vivos, e iluminado por uma atmosfera luminosa. Achava que a aurora boreal, ou luzes do norte, eram causadas pelo escape desse gás através de uma fina crosta nos pólos."
No início do século XIX, John Symmes (falecido em 1829), um excêntrico veterano da guerra de 1812, promoveu tão amplamente a idéia das esferas concêntricas interiores, que a suposta abertura para o mundo interior recebeu o nome de "Buraco de Symmes."Em Hamilton, Ohio, seu filho erigiu um monumento com um modelo em pedra da terra oca, para imortalizar a incessante campanha de seu pai por uma expedição ao Polo Norte, a fim de encontrar a entrada para o mundo inferior. Martin Gardner escreveu que "Foi preciso o vôo de Byrd sobre o Polo Norte para que se desse um golpe de morte no 'Buraco de Symmes'"(Gardner, 41, 1957). No entanto, defensores que se seguiram creditam ao Almirante Byrd o feito de ter na verdade entrado na terra oca em ambos os pólos!Essa estranha crença parece não ser baseada em nada mais que o fato de que Byrd tenha se referido à Antártida como "A Terra do Mistério Eterno" e escrito certa vez: "Eu gostaria de ver aquelas terras além do Polo (Norte). Aquela área além do Polo é o Centro do Grande Desconhecido." Indícios como esses aparentemente são o suficiente para o cientista alternativo.
Júlio Verne escreveu Viagem ao Centro da Terra em 1864, e Edgar Rice Burroughs (1875-1950), criador das Aventuras Marcianas e Tarzã dos Macacos, também escreveu romances baseados na terra oca. As lendas muitas vezes acendem a imaginação dos escritores de ficção, e a ficção muitas vezes acende a imaginação dos pseudocientistas. 
Em 1869, Cyrus Reed Teed, herbalista e auto-proclamado alquimista, teve uma visão de uma mulher que lhe disse que estávamos vivendo no interior da Terra oca. Por quase quarenta anos, Teed promoveu suas idéias em panfletos e discursos. Chegou a fundar um culto chamado de Koreshans (Koresh é o equivalente em hebraico de Ciro).
Em 1906, William Reed publicou The Phantom of the Poles (O Fantasma dos Pólos), em que afirmou que ninguém teria encontrado o polo norte ou sul porque eles não existem. Em lugar disso, os polos seriam entradas para a terra oca. Em 1913, Marshall B. Gardner publicou pessoalmente Journey to the Earth's Interior (Viagem ao Interior da Terra), no qual rejeita a idéia das esferas concêntricas mas jura que, dentro da terra oca, existiria um sol com 960 km de diâmetro. Gardner, além disso, afirmou que haviam grandes buracos de 1.600 km de largura nos polos. Byrd voou sobre o polo norte em 1926, e sobre o polo sul em 1929, mas não viu essas entradas para o mundo inferior. É inútil argumentar usando esse fato, ou mostrar aos adeptos da terra oca fotos de satélite que não mostram nenhum buraco nos pólos. Eles têm certeza de que existe uma conspiração do governo para acobertar a verdade.
Nos anos 40, Ray Palmer, co-fundador de FATE (Destino), Flying Saucers from Other Worlds (Discos Voadores de Outros Mundos), Search (Procura), The Hidden World (O Mundo Oculto), e muitas outras publicações sensacionalistas, juntou-se a Richard Shaver para criar o Mistério de Shaver, uma lenda sobre o mundo de pessoas da terra oca e uma avançada civilização. Shaver chegou a afirmar ter vivido com o povo da Terra interior. Segundo Richard Toronto, o FBI culpou Palmer e Shaver por tramar uma "histeria de discos voadores" em 1947, tornando os dois os verdadeiros pais fundadores da Ufologia moderna.*
A crença numa Terra oca teve alguns adeptos na Alemanha Nazi. Há até mesmo uma lenda segundo a qual Hitler e seus conselheiros chefes teriam escapado nos últimos dias do Terceiro Reich passando pela abertura do polo sul.
Em 1964, Raymond W. Bernard, esotérico e líder dos Rosacruzes publicouThe Hollow Earth - The Greatest Geographical Discovery in History Made by Admiral Richard E. Byrd in the Mysterious Land Beyond the Poles - The True Origin of the Flying Saucers (A Terra Oca - A Maior Descoberta Geográfica da História, Feita Pelo Almirante Richard E. Byrd na Misteriosa Terra Além dos Pólos - A Verdadeira Origem dos Discos Voadores). O livro está fora de catálogo, mas disponível na Internet. Bernard também é autor de Flying Saucers from the Earth's Interior (Discos Voadores do Interior da Terra). Seu nome verdadeiro era Walter Seigmeister. Sua dissertação de doutorado foi intitulada "Theory and Practice of Dr. Rudolf Steiner's Pedagogy" (Teoria e Prática da Pedagogia de Rudolf Steiner) (New York University, 1932). Em Letters from Nowhere (Cartas de Lugar Nenhum), Bernard afirma ter estado em contato com grandes místicos em ashrams secretos e com Grandes Lamas no Tibete. Foi, em resumo, mais um Gurdjieff. O Dr. Bernard "morreu de pneumonia em 10 de setembro de 1965, enquanto procurava as aberturas dos túneis para o interior da Terra, na América do Sul." Bernard parece ter aceito todas as lendas já associadas com a idéia da Terra oca, inclusive as de que os Esquimós teriam se originado dentro da Terra e que uma civilização avançada moraria ainda lá dentro, colocando seus OVNIs em movimento para investidas ocasionais pelo ar rarefeito. Bernard aceita sem questionar até mesmo a alegação de Shaver de que teria aprendido o segredo da relatividade antes de Einstein, através do povo da Terra Oca.
Para finalizar, Diane Robbins recebeu uma iluminação e afirma que ADAMA recebe mensagens telepáticas de Telos, uma cidade que ficaria sob o monte Shasta no norte da Califórnia, que seriam canalizadas por Lailel e fornecem todo tipo de mensagens maravilhosas sobre paz e prosperidade perpétuas. Você pode ler sobre isso online ou pode encomendar "The Call Goes Out from the Subterranean City of Telos" (A Chamada Sai da Cidade Subterrânea de Telos) por US$20 mais despesas postais. Parece um preço baixo para tanta sabedoria esotérica. Realmente nasce um trouxa a cada minuto.


Shambhal


ShambhalaShambalaShamballa ou Sambala é um local místico citado amiúde em textos sagrados e presente em diversas tradições do Oriente. Depois da divulgação do termo no ocidente tornou-se conhecida em círculos esotéricos e penetrou até a cultura popular.

No budismo tibetano, Shambhala é um reino mítico oculto algures na cordilheira do Himalaia ou na Ásia central, próximo da Sibéria. É mencionado no Kalachakra Tantra  e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibete ocidental. A religião Bön o chama de Olmolungring .
Shambhala significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranqüilidade", e acredita-se que seus habitantes sejam todos iluminados. A linha Tantra afirma que um dos Reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra, e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido de sobre a Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo em uma nova Idade de Ouro.
Shambhala também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha estudou sob Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra. Também é considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoismo, hinduismo ebudismo, por oito cidades etéricas.
Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton Lost Horizon (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la
Entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki , que libertará a Terra das forças disruptivas e restabelecerá a Lei Divina 
Como outros conceitos religiosos, Shambhala possui um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem Shambhala como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permite. Estaria em algum ponto do deserto de Gobi, ladeada pela China a leste, Sibéira ao norte, Tibete e Índia ao sul, Khotan a oeste . A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de caráter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que toda pessoa pode aspirar e alcançar.
Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama (em exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950 no Tibete), a aparência de Shambhala variaria segundo a natureza espiritual do observador: "por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive"

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