Os casos de abusos sexuais em igrejas evangélicas são piores do que os registrados na Igreja Católica. Essa é a opinião de Boz Tchividjian, neto do evangelista Billy Graham e professor de direito na Liberty University.
Boz tem desenvolvido uma investigação sobre abusos sexuais juntamente com a universidade onde leciona, e afirmou que, numa comparação direta com os católicos, o quadro é alarmante: “Eu acho que estamos piores”.
Segundo ele, muitos líderes evangélicos “sacrificaram almas” de jovens vítimas de abusos sexuais, em escândalos que seriam ocultados deliberadamente.
“Protestantes podem ser muito arrogante quando apontam para os católicos”, disse na entrevista coletiva.
O neto de Billy Graham tem atuado à frente da Godly Response to Abuse in the Christian Environment (GRACE), entidade que combate a prática e presta assistência às vítimas de abusos sexuais no meio cristão.
Segundo relatório da GRACE, muitos casos de abusos acontecem em agências missionárias, que ocultam os casos trazendo os responsáveis de volta para seus países a fim de silenciar as críticas.
A cultura evangélica de independência em relação às demais denominações, e a ameaça de punição a fiéis por prática de fofoca é o que impede as denúncias contra os abusadores, constatou Boz.
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