Um grupo de imigrantes ilegais, alojados num centro de detenção em Roma suspendeu um protesto iniciado há dias depois de o capelão ter garantido que vai entregar uma carta com as suas reivindicações directamente ao Papa Francisco.
Os imigrantes ilegais contestam as condições em que estão alojados e a perspectiva de serem expulsos do país, e iniciaram uma greve de fome, com alguns a coser a boca e a ameaçar dormir ao relento, apesar do frio.
O protesto apenas terminou quando o padre Emanuele Giannone, que tinha ido celebrar a missa de Natal no centro, disse aos residentes que levaria uma carta directamente ao Papa.
Nessa missiva os manifestantes, a maioria dos quais não são cristãos, lamentaram terem vindo “em busca de uma vida melhor”, mas de apenas terem encontrado “as grades de uma cela”.
Descrevendo-se como “os novos pobres”, os imigrantes ilegais dizem que suspendem o protesto “porque vimos que aceitou ouvir as nossas reivindicações. Decidimos apelar ao Papa porque ele é um grande guia espiritual e sabemos que conseguirá assegurar que somos ouvidos”.
O Papa tem feito da questão dos imigrantes ilegais uma das causas centrais do seu pontificado. Francisco visitou a ilha de Lampedusa e falou várias vezes das trágicas mortes de centenas de imigrantes que tentam chegar a esse território italiano no Mediterrâneo.
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