O valor arrecadado pelas igrejas evangélicas e Católica em 2012 foi de R$ 21,5 bilhões, quantia 4,3% superior a 2011. Nem o cenário de pouco crescimento econômico freou o aumento da arrecadação pelas denominações.
Os dízimos e ofertas são responsáveis por 72% desse valor, sendo que os 28% restantes são obtidos através de venda de produtos ligados à fé, segundo o jornal Estado de Minas.
O estudo feito a partir dos dados da Receita Federal mostra que as igrejas cristãs do Brasil arrecadam aproximadamente R$ 60 milhões por dia. Este dado tem extrema importância para compreender a força dos cristãos na sociedade brasileira.
Como igrejas não pagam impostos, muitas delas investem no mercado financeiro como forma de potencializar as receitas obtidas a partir das doações dos fiéis. Entretanto, o lucro gerado a partir dessas operações é usado como forma de garantir que os projetos das denominações sejam concretizados.
“Não há uma relação de lucro nem de acumular, mas de investir naquilo que ela [a igreja] acredita, que é a fé”, argumenta o vigário Flávio Campos, da Igreja de São José, de Belo Horizonte.
No entanto, o professor Eduardo Gusmão, do Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização da PUC de Goiás, pondera que ao final das contas, essas incursões no mercado financeiro não deixam de gerar ganhos: “O lucro pode não ser a finalidade última, mas se toda instituição religiosa quer crescer de alguma forma, ela precisa ganhar mais do que gasta, e isso não deixa de ser lucro”, resume.
Poucas denominações prestam conta publicamente de suas arrecadações e destinação dos valores recebidos dos fiéis. Esse fato é corroborado por um operador do sistema financeiro que foi entrevistado pelo jornal e preferiu permanecer anônimo: “Com uma captação garantida e, de certa maneira, fácil, a preocupação maior das igrejas é proteger recursos. Elas movimentam uma quantia monstruosa, mas não têm interesse algum em aparecer. O objetivo é pulverizar investimentos e chamar o mínimo de atenção”.
Confira um infográfico do jornal Estado de Minas sobre a arrecadação das igrejas no Brasil:
Via Gospel mais
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