A representação criminal movida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) contra o vídeo “Especial de Natal”, da produtora Porta dos Fundos vai ser investigada pela Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil de São Paulo.
A acusação é sobre o teor do vídeo que satiriza a Sagrada Família. Na representação Feliciano escreveu que o conteúdo do vídeo é “altamente pejorativo, utilizando-se inclusive de palavras obscenas, e de forma infame atacou os dogmas cristãos e a fé de milhares de brasileiros que comungam deles, ferindo dialeticamente o direito fundamente à liberdade religiosa”.
Feliciano pede indenização de R$ 1 milhão ao grupo humorístico. A denuncia foi recebida pelo promotor de Justiça de Direitos Humanos José Paulo França Piva, que a encaminhou à Decradi. As investigações avaliarão o vídeo para saber se o conteúdo representa algum crime.
Além do deputado evangélico, outras denúncias foram feitas contra o vídeo. A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, ligada à Igreja Católica, e o deputado federal Anderson Ferreira (PR) também procuraram o Ministério Público para denunciar criminalmente o vídeo.
Esse não foi o primeiro vídeo que colocou os humoristas do Porta dos Fundos em guerra contra religiosos. Em outras cenas eles já haviam criticado o cristianismo, como no vídeo “OH, Meu Deus”.
Ao UOL o grupo se defendeu dizendo que não desrespeitam nenhuma crença. “De maneira nenhuma temos o objetivo de desrespeitar a fé, nem ninguém de nenhuma religião. Temos muito cuidado ao fazer nosso trabalho e também temos nossas responsabilidades”, declarou João Vicente de Castro. O grupo espera uma notificação oficial sobre os processos abertos.
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