O Papa Francisco renova o alerta para os casos de exclusão social e apela aos meios de comunicação social para que abram caminho à solidariedade. Esta é uma das ideias centrais da sua mensagem para o Dia das Comunicações Sociais divulgada esta quinta-feira.
Francisco lembra que aos órgãos de comunicação que devem ser veículo de comunhão e não de isolamento.
Estamos tão habituados às divisões entre ricos e pobres, entre o luxo e a miséria, que os contrastes e as várias formas de exclusão já não impressionam, diz. As causas são económicas, políticas, ideológicas e até mesmo religiosas e, neste contexto, os media podem servir a "solidariedade e o encontro".
Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais próximos do outro e a conhecer-nos melhor, sublinha.
"Os muros que nos dividem só podem ser superados se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns com os outros. Os mass media – e a internet em especial - podem pois oferecer uma maior possibilidade de encontro e solidariedade."
Apesar da vertiginosa velocidade e dos riscos de manipulação ou isolamento que envolvem a informação, o Papa recorda que o lado humano é mais importante do que o tecnológico, sendo preciso recuperar o sentido de pausa, calma e silêncio para saber escutar; que é preciso paciência e tempo para entender o outro.
"Comunicar implica proximidade, tal como o samaritano no Evangelho. Não basta circular pelas estradas digitais para comunicar. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação, mas sim o envolvimento pessoal do comunicador. E a própria Igreja deve abrir as portas no ambiente digital para se tornar casa de todos, para dialogar com todos e levá-los ao encontro com Cristo."
O Dia Mundial das Comunicações Sociais é celebrado no domingo que antecede o Pentecostes (1 de Junho, em 2014). A mensagem do Papa tem a data da festa litúrgica de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas (24 de Janeiro).
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