Andressa Urach diz ter visto Anjos da Morte


A modelo, que se recupera de uma inflamação nas pernas por uso de hidrogel, fala da internação e diz que cometeu muitos pecados por vaidade. 
Ela se aproximou da morte e renasceu. Depois de passar 25 dias internada por conta de uma inflamação causada pelo uso de hidrogel nas coxas e com isso apresentar um quadro de sepse, Andressa Urach parece ter tirado lições do que sofreu. A modelo, com seis quilos a menos, sem as unhas postiças e o megahair, recebeu a equipe do EGO no edifício onde comprou para a mãe um apartamento em um bairro de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Usando um vestido longo - novo estilo de roupa adotado por ela desde que começaram os incômodos nas pernas em junho - e se apresentando serena, Andressa mencionou as palavras Deus e renascimento várias vezes. À mãe, Marisete De Faveri , ela agradece a árdua luta para mantê-la viva. 
Nos 25 dias que passou internada na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, ela conta que a morte passou perto dela e que foi graças à fé materna e à necessidade de se manter viva para cuidar do filho, Arthur, de 9 anos, que Andressa foi e voltou.
Durante a entrevista, Andressa revelou detalhes de parte do drama que viveu no hospital. Com a sepse, seus rins pararam de funcionar e ela viu seu corpo inchado, com quase 150 quilos. Na maca, era assombrada por vultos negros que gritavam e a envolviam. 
Urach aponta o seu passado pecaminoso, como avalia, o responsável por tudo o que sofreu nesses últimos meses. Além do excesso de vaidade, que a levou às consequências desastrosas do presente, Andressa revelou que durante cinco anos contou com o trabalho de uma senhora para obter fama e dinheiro. Seguindo as orientações da mulher, ela diz que travava pactos com orixás e uma pombagira para conquistar luxo, riqueza e a tão almejada fama.
Andressa acredita que tenha quase gastado o valor de um apartamento nesses trabalhos de magia para, segundo ela, conseguir o que queria e afastar pessoas indesejáveis que poderiam prejudicar sua ascensão. “Também fiz muito sexo por interesse, nunca por amor. Sempre me envolvi com homens de bom poder aquisitivo, comprometidos, casados, para conseguir deles boas viagens e bons jantares. Não tenho vergonha de contar, porque isso faz parte do meu passado.” Em franca recuperação e disposta a escrever uma nova história para si, ela pretende voltar à bancada do programa que apresenta, o “Muito show”, na Rede TV, no dia 9 de fevereiro. No carnaval quer estar no sambódromo paulistano para comandar de lá os desfiles para a Rede TV: “Amo o meu trabalho!”. Leia, abaixo, o que disse Andressa Urach em conversa com o EGO.

Fantasmas da morte
“No hospital vi espíritos da morte querendo levar a minha alma. Eram a alma da morte. Eles me rondavam porque queriam a minha alma de qualquer jeito. Isso tudo porque eu não agradeci a Deus. Foi a fé da minha mãe, que foi um elo com Deus, que fez com que as almas fossem embora. Eu estava perturbada. Eram almas feito nuvens escuras. Me davam um sentimento de medo e faziam barulhos assustadores como espíritos sofredores. Pareciam vultos escuros como se fossem fumaças. O vulto mais forte deles era um bem escuro que passava dentro do meu corpo. Pedi para suspenderem a morfina porque eles achavam que era ela que me fazia delirar. Mas eu acredito nessa coisa de espírito e achava que a substância me deixava entre esses dois mundos. Minha mãe chamou pastores que oraram por mim. Os médicos retiraram a morfina e as visões pararam.”

Pecados
“Não cometi pecados de matar, de roubar, mas pecados de excesso de vaidade, de arrogância. Era arrogante talvez em função da vida difícil que tive. Ignorada pelo meu pai, abusada sexualmente dos 2 aos 8 anos pelo marido da mulher maravilhosa que me criou, uma professora de português, fui ficando com o coração mais frio. Também passei por cima de algumas pessoas e também expus muito a minha vida, o meu corpo... No hospital passou todo esse filme na minha cabeça, mas Deus conhecia o meu coração. Sabia que maldade eu jamais tinha feito e eu clamei pela vida do meu filho. Ele é o ser humano mais importante para mim, foi o amor dele que me salvou e me fez voltar para a terra. Tenho certeza disso.” 

Pacto com entidades espirituais
“Tinha consulta com uma senhora que comandava um centro. Não chegou a ser magia negra, não sei explicar muito bem. Eu não chegava a frequentar um centro, mas tinha a sua ajuda. Ela me dava banhos de perfume, de sal para me limpar. Pedia para os orixás tudo que queria: o sucesso, o bom carro, o apartamento, consegui tudo. Eu paguei muito caro por isso. A promessa que fiz com a minha pompagira na época foi que, para cada R$ 1 mil que eu ganhasse, eu daria uma champanhe a ela. Fora os R$ 5 mil da festa de final de ano do centro espírita que eu também dava. Para celebrar os trabalhos que conquistava na televisão, doava R$ 3 mil. Também fiz mal para algumas pessoas, fazendo trabalhos para elas se afastarem de mim. A senhora que comandava o centro dizia o nome da pessoa, e eu fazia o trabalho para mantê-la longe.”

Sexo por interesse
“Conquistei tudo o que eu quis, mas fui infeliz na vida amorosa. Os homens que se aproximavam de mim ou eram homens casados, ou comprometidos. Eu queria um amor de verdade. Sempre busquei isso, mas sabia que pelo fato de explorar demais esse lado sensual de bumbum, nenhum homem me aceitava. Eu sabia que esse era o preço que eu tinha a pagar por trabalhar na televisão. Só me envolvia com homens com bom poder aquisitivo. Sempre tive preconceito com homem que não tinha dinheiro. Sempre quis homens que me proporcionassem bons jantares, boas viagens, e isso é um pensamento triste. Não buscava o sentimento da pessoa e, sim, o que ela poderia me oferecer. Me envolvia com os homens por interesse. Não tenho vergonha de contar porque isso faz parte do meu passado.” 

Shows eróticos
“Fiz striptease por cachês muito bons. Fiz, sim. Mas ali eu te digo: não foi pecado porque não estava vendendo meu corpo para o sexo. Era um show que famosas como Gretchen fazem. Eu era uma profissional que foi contratada pra ficar seminua e dançar. Foi um trabalho. Não era uma prostituição. Nunca dormi com um homem e ele me deu dinheiro depois. Hoje as prioridades são outras. A gente não pode mudar o nosso passado, mas pode mudar o nosso futuro. Agora as pessoas vão me ver pelas minhas atitudes.”

Vida nova
“Está mudando tudo! Minha forma de viver, de pensar, de me alimentar (voz emocionada)... Tanto fisicamente quanto espiritualmente. Isso se deu a partir do momento que me vi diante da morte. Sei que sou um milagre de Deus, a experiência que vivi com Deus só eu sei. Ele é vivo, Ele existe.”

Fotos de dentro do hospital
“Sei quem as tirou. Foram parentes. Como vou punir um parente? Isso me deixou muito mal. Chorei durante três dias. Eu pedi para eles tirarem as fotos para eu guardar o processo da minha evolução clínica. Jamais venderia essas imagens para ganhar dinheiro, vaidosa do jeito que sou.”

Pai
“Quando nasci meu pai me ignorou. Aos 11 anos, pedi a minha mãe para conhecê-lo. Ficamos dez minutos juntos, ele estava no matagal de sua cidade caçando quando fomos apresentados. Com 14, pedi para ir morar com ele e convivi em sua casa por três meses. Eu o vi novamente quando meu filho nasceu, quando eu tinha 17 anos. Fui com meu marido até sua cidade para apresentá-lo ao neto. Depois disso, fiquei dez anos sem vê-lo. Ele nunca me procurou! No hospital, ao chegar para me visitar, disse que faria um escândalo se não pudesse me ver. Entrou no quarto e ficou dez minutos comigo. Depois contou tudo o que viu para uma emissora de TV que o levou até lá. Ele me magoou muito.”

Cicatrizes nas pernas
“Vou deixá-las lá, como estão. Tomei medo de cirurgia. Pensei em fazer tatuagem para escondê-las, mas elas não estão me incomodando diante de tudo que passei. Nem estava usando mais roupa curta porque há um ano mudei meu estilo de roupa, usava saias mais longas. Pode ser que de repente eu até coloque um shortinho jeans e mostre as minhas cicatrizes para todo mundo ver. Elas são as marcas da minha vitória. Não existe um guerreiro que não tenha cicatrizes.”

Publicado no EGO

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