VÍDEOS. Realizador de títulos tão populares como O Sexto Sentido, Shyamalan está de volta com A Visita: duas crianças descobrem que os avós não são exactamente como os imaginavam.
Mesmo os fãs mais militantes de M. Night Shyamalan (n. 1970) terão ficado desconcertados com os caminhos que o seu trabalho estava a seguir, sobretudo depois de O Último Airbender (2010), uma grande produção juvenil, inspirada numa série animada de aventuras fantásticas. Seguiu-se uma parábola de ficção científica, Depois da Terra (2013), com Will Smith e o seu filho Jaden Smith, título que parecia confirmar um "desvio" algo incompreensível. Face à sua novíssima realização, A Visita(estreia hoje), o mínimo que se pode dizer é que Shyamalan regressa às origens: uma história de assombramento e medo que se vai transfigurando numa invulgar experiência sensorial.
Vogamos, de facto, num universo que faz lembrar filmes anteriores de Shyamalan como Sinais (2002), A Vila (2004) ou O Acontecimento (2008), em que comunidades com limites físicos e simbólicos muito nítidos - uma família, uma comunidade rural, os passageiros de um comboio - se confrontavam com o poder maligno de forças desconhecidas, pondo em causa a sua própria sobrevivência. No caso de A Visita, tudo se passa num contexto ainda mais restrito e, por assim dizer, mais íntimo. Isto porque, no essencial, o filme se concentra em quatro personagens: os irmãos Tyler (Ed Oxenbould) e Becca (Olivia DeJonge), e os avós maternos (Peter McRobbie e Deanna Dunagan) que os recebem para uma visita de uma semana.
0 Comentários
Deixe aqui o seu comentário...lembre-se de voltar para ler a resposta...