Depois de uma série de ataques a um prédio da Igreja de Cristo em Jabaroa, no Sudão, uma favela grande na região de Cartum, nove indivíduos foram julgados na semana passada pelo Tribunal Criminal de Dar-Alsalam.
Ao todo, 14 pessoas foram acusadas de envolvimento nos ataques, somente um de menor está sendo julgado em um tribunal separado, específico. Outros quatro suspeitos ainda não foram identificados.
As acusações apontam que os agressores incendiaram o edifício cinco vezes em meses alternados. Em agosto deste ano, depois do último ataque, a autarquia de Ombada recebeu uma carta que os criminosos exigiam que a igreja fosse destruída para liberar o lugar onde está plantada, caso contrário eles iriam reagir.
O Ministro de Assuntos Religiosos, Nasr al-Din Mufreh, nomeou em março uma comissão para investigar os ataques. Em abril de 2019 o ex-presidente Omar al-Bashir, demonstrou a intenção de tratar de assuntos de liberdade religiosa.
Em setembro deste ano, al-Bashir disse que tirar o islamismo como religião oficial do país está no seu planejamento. Em novembro, oito líderes religiosos foram absolvidos de acusações sobre ocupação ilegal dos prédios em suas igrejas, por um tribunal sudanês.
Os estados de Kordofan do Sul e o Nilo Azul, enfrentaram anos de confrontos, matando e deslocando centenas de milhares de cidadãos, destruindo as suas casas. De acordo com a Portas Abertas, o Sudão estava sofrendo uma “limpeza étnica”.
Na Lista Mundial da Perseguição 2020 da Portas Abertas, o Sudão ocupou o sétimo lugar no ranking dos 50 países que mais perseguem os cristãos no mundo inteiro. A organização reconheceu os fatos como positivo para os crentes do país, mas ainda expressou preocupação com a anistia que o governo deu para todos os envolvidos em ataques anteriores.
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