"Israel não é apenas o lugar para o qual vocês se voltam para rezar; o Estado de Israel é seu lar", afirmou o premiê.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se aos franceses judeus, na noite deste sábado, garantindo que "Israel é seu lar", em novo pronunciamento pela televisão após a tomada de reféns em um supermercado kosher seguida de trágico desfecho, sexta-feira, em Paris.
"A todos os judeus da França, a todos os judeus da Europa, eu digo a vocês: Israel não é apenas o lugar para o qual vocês se voltam para rezar; o Estado de Israel é seu lar", afirmou o premiê. "Apresentamos nossos sinceros sinceros pêsames a todos nossos irmãos judeus que morreram pelo simples fato de serem judeus", acrescentou.
"A não ser que o mundo volte à razão, o terrorismo continuará batendo", tuitou em sua conta no microblog. Desde a última quarta-feira, 17 pessoas morreram em ataques "jihadistas" na França, incluindo quatro vítimas fatais em um supermercado kasher no leste parisiense.
Netanyahu e o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, vão representar seu país na "marcha republicana" convocada para este domingo, em Paris, a qual homenageará as vítimas dos atentados jihadistas. Dezenas de líderes e personalidades mundiais confirmaram presença amanhã.
Entre 500 mil e 600 mil franceses professam o Judaísmo, a primeira comunidade judaica na Europa e a terceira no mundo, atrás apenas de Israel e Estados Unidos.
Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris
A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.
O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.
Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.
Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém.
Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.
Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida.
Publicado no Terra
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