Uma pesquisadora britânica acredita que o processamento de informações realizadas pelo cérebro durante o sono produz imagens sobre o futuro.
A professora da Universidade de Manchester, Reino Unido, Sue Llewellyn propõe deixar o misticismo e analisar os sonhos de um ponto de vista mais racional.
A pesquisadora, no entanto, chega a conclusões bastante raras no mundo científico e diz que o futuro pode ser previsto com sonhos.
A cientista pergunta porque o cérebro constrói em nossos sonhos situações muito específicas com sucessão de eventos e participantes específicos.
Muitas vezes, os sonhos parecem absurdos e não conseguimos imaginar as situações que eles nos mostram.
Talvez a previsão de sonho mais famosa de todas esteja na Bíblia. O faraó sonha estar nas margens do Nilo e ver sete vacas gordas e bonitas, seguidas por sete vacas muito magras e ossudas que comem as vacas gordas.
Preocupado com sua visão, o soberano procura alguém que possa interpretar seu sonho, pois na verdade poderia ser uma mensagem dos deuses. Finalmente, o único no reino que consegue interpretar o sonho com precisão é um jovem hebreu chamado José.
O significado: sete anos de abundância seguidos por sete anos de fome. Essa simples interpretação do sonho permitiu ao faraó antecipar os fatos e fazer grandes reservas durante os anos de abundância para aliviar o que se seguiria.
Mas se Faraó podia prever o futuro em seus sonhos, por que ele não sonhava directamente com sete anos de abundância e sete de fome, em vez de imaginar vacas canibais?
Llewellyn escreve:
Tudo tem a ver com a maneira como o cérebro funciona. Ele não recebe informações do mundo exterior passivamente, mas interpreta-as activamente e procura padrões nele. Se fosse aleatório, não haveria padrões e a previsão seria impossível.
A fase do sono rápido (movimento rápido dos olhos, durante a qual os sonhos ocorrem) pode esclarecer o assunto. Precisamente nesse período, o cérebro é capaz de traçar pequenos paralelos óbvios entre diferentes fatos da vida. Llewellyn chegou a essa conclusão após anos de estudos.
Em 1999, cientistas de Harvard, EUA descobriram que os resultados dos participantes de um teste de associações distantes após a fase rápida do sono foram melhores do que os das outras pessoas submetidas ao teste.
Os cientista explicaram:
A percepção durante a fase rápida do sono é qualitativamente diferenciada da percepção na fase lenta do sono. Precisamente essas diferenças explicam o carácter muito associativo e surpreendente dos sonhos que temos na fase rápida.
Segundo Llewellyn, a maioria das experiências é armazenada no subconsciente e não nos damos conta de 98% das actividades cerebrais.
Esses padrões aparecem nas imagens de nossos sonhos, ou seja, nossos sonhos indicam uma ideia de como diferentes eventos no futuro podem evoluir a partir da análise de experiências passadas.
(Fonte)
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