"Um dos mais graves problemas da actual crise por que passa o nosso país diz respeito ao mundo do trabalho. Trabalho que, sendo um dever, é também um direito a ser exercido em condições dignas da pessoa humana", sublinham os bispos numa mensagem sobre os "Desafios éticos do trabalho humano", aprovada na assembleia plenária que terminou esta quinta-feira, em Fátima.
A posição da Igreja foi divulgada um dia depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter defendido que é preciso ir mais além nos cortes salariais em Portugal, sobretudo no sector privado. Os técnicos internacionais consideram que é uma forma de potenciar a criação de emprego.
Na mensagem agora divulgada, a CEP manifesta-se muito preocupada com o desemprego, sobretudo com as pessoas que não têm acesso a qualquer subsídio. "Entre as situações mais graves estão os que, não tendo trabalho, se encontram sem acesso a qualquer forma de subsídio, correndo os riscos da luta pela subsistência", alertam os bispos portugueses, que reclamam como necessárias e urgentes políticas que favoreçam o crescimento económico e "criatividade nas soluções".
Em declarações prestadas no final da assembleia plenária, o presidente da CEP, D. Manuel Clemente, defendeu que os problemas do desemprego e as ameaças ao Estado social devem merecer uma resposta conjunta por parte dos governantes e da sociedade.
"Cabendo ao Estado, como primeiro órgão do bem comum, uma tarefa irrecusável, nós temos nitidamente a consciência, quer em Portugal, quer nos outros países europeus, de resolver isto em termos de sociedade no seu conjunto", afirmou D. Manuel Clemente.
Durante o encontro, a CEP aprovou ainda o envio de 25 mil euros, através da Cáritas Portuguesa, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas.
Leis fracturantes "não são irreversíveis"Preocupados com a alteração do conceito de família, os bispos portugueses aprovaram uma carta pastoral, "A propósito da ideologia do género", onde defendem que as leis fracturantes em matérias como aborto ou co-adopção de crianças por homossexuais "não são irreversíveis".
Os cidadãos e legisladores "que partilhem uma visão mais consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família" são "chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar", apela a Igreja.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa duvida que as alterações legislativas que têm sido feitas correspondam à vontade dos portugueses. "Temos muitas dúvidas de que os patamares legais a que se chegou correspondem efectivamente à convicção, até diria maioritária, do povo português e nós achámos que devíamos isso à sociedade portuguesa e à cultura", disse o prelado no final da assembleia plenária.
A posição da Igreja foi divulgada um dia depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter defendido que é preciso ir mais além nos cortes salariais em Portugal, sobretudo no sector privado. Os técnicos internacionais consideram que é uma forma de potenciar a criação de emprego.
Na mensagem agora divulgada, a CEP manifesta-se muito preocupada com o desemprego, sobretudo com as pessoas que não têm acesso a qualquer subsídio. "Entre as situações mais graves estão os que, não tendo trabalho, se encontram sem acesso a qualquer forma de subsídio, correndo os riscos da luta pela subsistência", alertam os bispos portugueses, que reclamam como necessárias e urgentes políticas que favoreçam o crescimento económico e "criatividade nas soluções".
Em declarações prestadas no final da assembleia plenária, o presidente da CEP, D. Manuel Clemente, defendeu que os problemas do desemprego e as ameaças ao Estado social devem merecer uma resposta conjunta por parte dos governantes e da sociedade.
"Cabendo ao Estado, como primeiro órgão do bem comum, uma tarefa irrecusável, nós temos nitidamente a consciência, quer em Portugal, quer nos outros países europeus, de resolver isto em termos de sociedade no seu conjunto", afirmou D. Manuel Clemente.
Durante o encontro, a CEP aprovou ainda o envio de 25 mil euros, através da Cáritas Portuguesa, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas.
Leis fracturantes "não são irreversíveis"Preocupados com a alteração do conceito de família, os bispos portugueses aprovaram uma carta pastoral, "A propósito da ideologia do género", onde defendem que as leis fracturantes em matérias como aborto ou co-adopção de crianças por homossexuais "não são irreversíveis".
Os cidadãos e legisladores "que partilhem uma visão mais consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família" são "chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar", apela a Igreja.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa duvida que as alterações legislativas que têm sido feitas correspondam à vontade dos portugueses. "Temos muitas dúvidas de que os patamares legais a que se chegou correspondem efectivamente à convicção, até diria maioritária, do povo português e nós achámos que devíamos isso à sociedade portuguesa e à cultura", disse o prelado no final da assembleia plenária.
D. Manuel Clemente considera que "em todo este campo da sexualidade, da moral familiar, da própria consideração da vida humana, do seu valor e como a proteger, tem havido muito voluntarismo, nem digo jurídico, mas legal que não incluiu uma reflexão básica aprofundada". Para o também Patriarca de Lisboa, "não se deve antecipar um processo legislativo, seja ele qual for, a um processo cultural que é sempre básico". "Nós temos leis para viabilizar as convicções, então vamos trabalhar nas convicções", salienta.
A carta pastoral elaborada pelos bispos portugueses alerta para as consequências da "ideologia do género" e da alteração do conceito de família. Consideram que a ideologia do género "pretende provocar uma revolução antropológica, secundarizando a identidade sexual como condição natural e biológica que nos faz ser mulheres ou homens, dando a primazia à construção de uma identidade, que cada um cria para si mesmo, independentemente do sexo com que nasceu e cresceu".
A CEP considera que "assim ficaria aberta a porta para a legitimação das uniões homossexuais e para o aparecimento de diversas alternativas à família de sempre, já não constituída por uma mãe, um pai e filhos, com raízes na sexualidade, matriz da nossa identidade".
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